This paper aims to make a qualitative analysis of the articles of association of Brazilian agricultural cooperatives in accordance with the conceptions of the good cooperative governance practices manual published by the Organization of Brazilian Cooperatives (OCB). The process of data collection occurred through research sites and blogs of cooperatives registered in their respective representative bodies. an adaptation of governance indicators created by the Group of Institutes, Foundations and Companies (GIFE), which seeks to evaluate the development of governance in organizations to obtain the analysis was used. Some results can be seen in advance, as the difficulty in finding sites and even social status. In a total number of 1,543 agricultural cooperatives, it was only possible to find 1,009 of these, less than half (473), has sites as a means of dissemination and communication with society and its cooperative framework. Cooperatives who used sites, about 6% published their bylaws. Furthermore, it was found that most unions do not have a cooperative training process to work in management positions, inspection and audits, for example, which focuses on management processes. Although it was possible to identify the accumulation of positions among the directors / officers, that can cause centralization in the deliberations, which may cause conflicts between management and cooperative bodies. Thus, it is justified the adoption of governance to ensure continued participation of cooperative members in the deliberations, seeking to flatten the processes of decisions, and looking for pegging the sustainability of the cooperative with the interests of members.O presente trabalho tem por objetivo fazer uma análise qualitativa dos estatutos sociais das cooperativas agropecuárias brasileiras em conformidade com as concepções do manual de boas práticas de governança cooperativa editado pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). O processo de coletas de dados ocorreu por meio de pesquisas de sites e blogs das cooperativas cadastradas em seus respectivos órgãos de representação. Para obtenção da análise foi utilizado uma adaptação dos indicadores de governança criados pelo Grupo de Institutos Fundações e Empresas (GIFE), que procura avaliar o desenvolvimento de governança em organizações. Alguns resultados poderão ser vistos previamente, como a dificuldade em encontrar os sites e até mesmo os estatutos sociais. Em um número total de 1.543 cooperativas agropecuárias, só foi possível encontrar 1.009, dessas, menos da metade (473), tem sites como forma de divulgação e comunicação com a sociedade e seu quadro de cooperados. Das cooperativas que faziam uso de sites, cerca de 6% publicavam seus estatutos sociais. Além disso, verificou-se que a maioria das cooperativas não possui um processo de formação de cooperados para atuarem em cargos de administração, fiscalização, e auditorias, por exemplo, o que incide nos processos de gestão. Ainda foi possível identificar o acúmulo de cargos entre os conselheiros / diretores, que podem ocasionar uma centralização nas deliberações, podendo gerar conflitos entre órgãos de gestão e cooperados. Assim, torna-se justificável a adoção da governança para garantir uma participação continua dos cooperados nas deliberações, buscando horizontalizar os processos de decisões, e procurando atrelar a sustentabilidade da cooperativa com os interesses dos cooperados.