Dissertation
Análise da pesca e da influência ambiental sobre a abundância relativa (CPUE) da pirapema Megalops atlanticus valenciennes, 1847, na costa norte do Brasil.
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PASSOS, Taiana Amanda Fonseca dos. Análise da pesca e da influência ambiental sobre a abundância relativa (CPUE) da pirapema Megalops atlanticus valenciennes, 1847, na costa norte do Brasil. Orientador: Eduardo Tavares Paes. 2021. 81 f. Dissertação (Mestrado em Aquicultura e Recursos Aquáticos Tropicais/Oceanografia pesqueira) - Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém, 2021. Disponível em: . Acesso em: .
CDD: 507.209811
Autor
PASSOS, Taiana Amanda Fonseca dos
Institución
Resumen
Capes/CNPq A pirapema Megalops atlanticus (Valenciennes, 1847), é uma espécie da família Megalopidae, categorizada como vulnerável. Até o presente momento, pouco se conhece sobre a dinâmica pesqueira e a variabilidade da abundância da pirapema na região amazônica. A maioria das informações são de estudos realizados nos Estados Unidos, no Golfo do México e Bahamas. Nesse contexto, este trabalho teve como objetivo analisar a atividade pesqueira na costa norte do Brasil, que captura a espécie M. atlanticus e analisar a variabilidade temporal da abundância relativa (CPUE) da espécie e relaciona-la com variáveis meteo-oceanográficas entre os anos de 1997 a 2007. Para isso, foram utilizados dados de pesca do programa ESTATIPESCA, dados de sensoriamento remoto e reanálise. Foram analisados 4.908 registros de desembarques, entre 15 municípios do estado do Pará, onde foi possível constatar que na captura da espécie atuam principalmente embarcações de pequeno e médio porte, utilizando a rede de emalhe como principal arte de pesca. Os resultados para os
padrões de variabilidade temporal da pirapema entre os anos de 1997 e 2007 indicaram dois regimes bem definidos ao longo dos anos, o que pode estar relacionado a eventos de fenômenos climáticos naturais como o El Niño e La Niña. Os maiores valores de abundância relativa de M. atlânticus ocorrem durante a estação cheia (janeiro a junho) em comparação à seca (julho a dezembro). Fortes correlações positivas foram identificadas entre CPUE e TSM entre os lags de 6 a 8 meses nas regiões: (1) próximo à foz do Amazonas; (2) manguezais no Maranhão; e (3) na área de retroflexão da corrente do Norte do Brasil. Correlações negativas
significativas também foram encontradas entre 4 e 6 meses com a vazão de Óbidos. Megalops atlanticus (Valenciennes, 1847), known as the Pirapema, is a species of the Megalopidae family and is currently categorized as vulnerable. Until now, little is known about the fishery dynamics and variability of pirapema abundance in the Amazon region. Most studies were conducted in the United States, the Gulf of Mexico, and the Bahamas. In this context, this research aimed to analyze the fishing activity focused on the capture of M. atlanticus and to relate the temporal variability of relative abundance (CPUE) with meteo-
oceanographic variables between 1997 and 2007 on the northern coast of Brazil. For this, fishing data from the ESTATIPESCA program, remote sensing and reanalysis data were used. We analyzed 4,908 landings from 15 cities in the Pará state and found that small and medium- sized vessels are the main ones operating in the capture, using the gillnet as the predominant fishing gear. The results indicated two regimes of variability in the CPUE of pirapema, suggesting a relationship to El Niño and La Niña events. The highest values of M. atlânticus CPUE occur during the flood season (January to June). Strong positive correlations were identified between CPUE and SST for lags of 6 to 8 months in the regions : (1) near the mouth of the Amazon; (2) mangroves in Maranhão; and (3) in the retroflection area of the North Brazilian current. Significant negative correlations were also found between 4 and 6 months with Obidos discharge.