A cheia de 2021 no rio Madeira foi uma cheia com uma probabilidade de ocorrência anual de 36%. Ela foi causada por chuvas acima da média nos meses de dezembro a abril de 2021. Esse período de chuvas acima da média foi sucedido por períodos de meses com chuvas abaixo da média, entre maio e outubro deste ano, o que acabou provocando a terceira seca mais severa no rio, em termos de níveis e a oitava seca mais severa em termos de vazões. O acompanhamento do ano hidrológico utilizando um conjunto de ferramentas de sensoriamento remoto permitiu ampliar as análises e gerar prognósticos e previsões mais assertivas. O uso do modelo hidrológico SMAP, calibrado utilizando-se algoritmo genético MOPSO na previsão de níveis com horizonte de até 15 dias, utilizando dados de evapotranspiração SSEBOP, estimativas de chuvas utilizando-se o produto MERGE/INPE e previsão de chuvas por Ensemble com modelo meteorológico GEFS gerando um conjunto de previsões, qualificou bastante o acompanhamento das cheias e secas na bacia. Limitações decorrentes tanto da modelagem hidrológica quanto dos dados de entrada são objeto de constantes investigações por parte da CPRM e espera-se que para o período de monitoramento de 2021/2020 avanços ainda mais significativos possam ser produzidos.