A depressão é um transtorno psiquiátrico comum nos dias atuais. No Brasil, a depressão já afetou cerca de 11,5 milhões de pessoas (5,8% da população). Dentre os possíveis tratamentos da doença, estudos têm demonstrado que o equilíbrio do microbioma intestinal também pode influenciar a saúde mental, contribuindo na melhora dos sintomas da depressão. O termo microbioma, refere-se a comunidade de microrganismos, incluindo seus genomas, presentes na microbiota, composto pelos filos Firmicutes, Bacteroides, Probacteria e Actinobacteria. O desequilíbrio desta comunidade microbiana, é denominada como disbiose. O presente trabalho teve como objetivo revisar na literatura científica a relação entre o microbioma intestinal e a depressão. Neste contexto, os trabalhos demonstram forte conexão entre o nervo vago intermediando a comunicação entre o intestino e o cérebro, além da influência na produção de neurotransmissores no intestino, que se relacionam com a depressão, como a serotonina. E ainda, um fator que muito contribui com a transmissão correta de sinais ao longo do eixo intestino-cérebro, é um padrão de alimentação saudável, evitando o desequilíbrio microbiano intestinal.