Objetivo: Analisar a tendência temporal da mortalidade sem assistência médica no Brasil, no período de 2008 a 2019. Método: Estudo ecológico de séries temporais das taxas de mortalidade sem assistência médica em adultos no Brasil, a partir do banco de dados do Sistema de Informação de Mortalidade, de domínio público, disponibilizado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Análise estatística pelo método de regressão linear simples. Resultados: Foram analisadas 223.580 mortes sem assistência médica no Brasil, no período mencionado. Tendência de redução na taxa geral de mortalidade (β -1,354; p <0,001) e taxa média 13,93 óbitos/100.000 habitantes, com redução na variação percentual (VP) de -68,75% ao comparar as taxas do primeiro e último ano. Mesma tendência observada em todas as regiões do país (p<0,001), com as maiores reduções nas regiões sul, sudeste e centro-oeste. Observada redução das taxas no sexo masculino (β -1,560) e feminino (β -1,157) com p <0,001 e redução da VP de -68,10% e 69,55, respectivamente. Mesmo comportamento em todas as faixas etárias de ambos os sexos (p <0,001). Nas faixas etárias masculinas redução da VP de -3,68% a -75,58% e nas femininas, VP de -70,39% a 78,36%. Conclusão: Tendência de redução na taxa geral de mortalidade sem assistência médica no Brasil, mesmo comportamento observado em todas as regiões do país, em ambos os sexos e em todas as faixas etárias masculinas e femininas.