Quando um filho é perdido, os pais não apenas perdem um vínculo importante, mas também o futuro previsto de serem pais. É por isso que perder um filho pode ser devastador para os pais. Na maioria das vezes, a perda de um filho se complica trazendo sentimento de culpa por causa do suposto fracasso de proteger sua prole, mesmo que não haja nada que possam fazer para evitar a perda. Dessa forma o presente estudo tem como objetivo elucidar como se dá o sentimento de culpa durante o luto perinatal vivido pelas mães. Para isso serão apresentados os conceitos e concepções sobre luto e perda, as intensidades do luto e seus tipos, ligados a perda da gravidez e como o sentimento de culpa se estabelece sobre a figura da mãe. A metodologia adotada será a de revisão bibliográfica dedutiva, tendo em vista que os assuntos serão discutidos de forma ampla para se obter os resultados pretendidos com relação ao tema. Os artigos selecionados foram escritos em período de 10 anos até a data da publicação do presente trabalho. Constatou-se que o sentimento de culpa é um fator muito presente nos períodos de luto perinatal. As mães enlutadas sentem a necessidade de atribuir uma causa ou um significado à perda. Assim tendem a apresentar comportamentos em que se culpa terceiros ou a si mesmo pela perda. Isso é resultado de sentimentos de que não se fez o suficiente para com o filho ou que algum comportamento ao decorrer da gravidez foi o responsável pela perda. Dessa forma o apoio do ciclo de convivência e um tratamento psicológico adequado é de extrema importância para que se dê continuidade à vida por perda.