A instrução de voo distanciou-se da realidade do âmbito profissional na medida em que a automação nas aeronaves tecnologicamente avançadas evoluiu e adquiriu papel primário na operação dessas máquinas. O presente estudo teve como objetivo explorar essa lacuna que surgiu entre o que se aprende nas aulas básicas de voo e o que o piloto encontra na realidade de sua profissão, ao se deparar com uma cabine de comando com uma gama de instrumentos e informações baseada em inputs automáticos e de apresentação diferente do que aprendeu como o conceito de voar, num primeiro momento da formação. A metodologia consistiu de pesquisa bibliográfica física e pela internet e o processo documental se deu por leituras e fichamentos. Considerou-se, ao final, que aspectos cognitivos humanos e técnicos são importantes para a integração de uma nova abordagem, tanto na instrução básica como na instrução da automação dos cockpits. Nesta nova abordagem, a formação dos pilotos precisa englobar as novas competências de gerenciamento dos sistemas autômatos que equipam as modernas aeronaves e não somente como a operação básica de uma máquina que exige somente habilidades motoras e sensoriais. O piloto precisa aprender a compreender a lógica da automação para uma operação segura e integrá-la com suas habilidades manuais de voo.