A violência sexual é considerada a quarta violação mais sofrida por crianças e adolescentes, ainda que as denúncias não reflitam o número de casos. Com frequência os termos abuso sexual e pedofilia são descritos como sinônimo. O presente artigo teórico busca contribuir com o entendimento do abuso sexual infantil e pedofilia a partir dos pressupostos da análise do comportamento e da neuropsicologia, e compreender intervenções utilizadas, visando a redução dos casos de violência sexual. As análises investigam as contingências, o ambiente e as alterações neurológicas correlacionadas com o comportamento de abuso sexual. Os resultados apontam que comportamentos que possuem o sexo como consequência têm maior probabilidade de ocorrência, e a ausência deste estímulo aumenta seu valor reforçador. Constatou-se a existência de alterações neurológicas em áreas responsáveis pela resposta sexual, inibição de resposta, estimulação visual e aprendizagem moral. Devido a divergência de fundamentação teórica, é abordado um possível campo de interação entre as abordagens utilizadas, eliminando as informações obscurecidas pela diferença de linguagem. Com relação às intervenções, é explanado os tratamentos utilizados em agressores sexuais e pedófilos, discorrendo as diferenças e a justificativa para tal determinação. Espera-se contribuir para a interpretação de produções sobre o tema, auxiliando na promoção de pesquisas futuras.