Naturalmente, a Economia Solidária possibilitou aos que estavam afastados da técnica de produção se manifestarem como organizações informais, compostas por trabalhadores das zonas rural e urbana. Nessa linha, essas organizações, chamadas de Empreendimentos Econômicos Solidários (EES), caracterizam-se pela coletividade e democracia, nas quais as decisões são tomadas em conjunto pelos seus membros. Ou seja, esses empreendimentos são geridos coletivamente. Nessa perspectiva, tendo em conta a hegemonia e as ramificações do modelo tradicional capitalista, há dificuldades importantes para que práticas de economia solidária com ele coexistam. Assim, objetivou-se com este artigo demonstrar as possibilidades e os desafios de administrar um EES no município de Guanambi – BA. A pesquisa se apoiou em uma metodologia exploratória, fator que proporcionou a familiaridade com o campo de estudo, utilizou a abordagem qualitativa e, recorreu como forma de coleta de dados a uma entrevista semiestruturada com a participação da coordenadora geral do Centro Público de Economia Solidária (CESOL - Sertão Produtivo), cujo propósito foi compreender, do ponto de vista da entrevistada, quais as possibilidades e desafios que são encontrados na administração de um EES. Com isso, a análise de dados foi construída a partir da metodologia de análise de conteúdo, que consiste em interpretar e descrever o conteúdo pesquisado. Através da análise dos dados, foi possível sugerir um mapeamento preliminar de processos e das atividades do EES, com a finalidade de agregar na organização da distribuição de tarefas dentre os integrantes do grupo. Por fim, espera-se que este estudo contribua na compreensão dos administradores/as com as possibilidades e desafios que eles podem encontrar ao ingressarem nos empreendimentos solidários. Espera-se, também, que o trabalho contribua para a divulgação científica do tema, além de promover resultados relevantes e significativos para as organizações dessa natureza.