As reflexões sobre o assunto em questão iniciam-se a partir do contexto da educação física escolar, que segundo RESENDE (2018), é uma área que se preocupa com o desenvolvimento dos alunos em termos de competência física, mas também de autoconfiança e formação ética e moral. Ensinar os alunos a aprender a mover-se e a mover-se para aprender é um dos pontos mais importantes no desenvolvimento das habilidades motoras na EFE, pois foca em habilidades que envolvam a participação física, conhecimento do próprio corpo, capacidade de movimento, interação com os outros e etc. As habilidades motoras fundamentais são adquiridas naturalmente em cada fase da criança, mas é de suma importância que haja estímulos para que essas habilidades sejam refinadas. Caso haja atraso no desenvolvimento das habilidades motoras, por conseguinte, pode afetar negativamente na execução de algumas tarefas, principalmente em atividades recreativas ou esportivas, em que o aprendiz enfrentará grandes dificuldades em realizar as habilidades motoras que lhe são requeridas. Autores como (GALLAHUE, 2005; FREIRE, 1997; TANI et al, 1988) enfatizam a relevância do desenvolvimento integral do indivíduo, compreendendo os aspectos motor, cognitivo e afetivo-social, havendo uma interdependência entre esses aspectos, e sem a aprendizagem efetiva desses movimentos, não é recomendável aprender os gestos técnicos de um esporte, uma dança, ginástica ou luta. Desse modo, o profissional de educação física precisa atentar-se às dificuldades individuais, e em grupo, que seu aluno dispõe, e assim desenvolver atividades e práticas apropriadas para que essas adversidades sejam revertidas em ações motoras condizentes com as necessidades de seus educandos.