A dinâmica socioespacial das favelas está intimamente ligada ao processo de expansão urbana espraiada, caracterizado pela supervalorização de regiões centrais urbanizadas, em contraposição às áreas periféricas são marcadas pela disparidade na distribuição de renda, no acesso a serviços básicos de infraestrutura, e a equipamentos socioculturais, de modo geral. Além dessas carências generalizadas, esses territórios periféricos apresentam sérios problemas ambientais e sanitários, condições precárias de moradia, enquanto reflexo de ocupações irregulares e clandestinas. Ao planejamento e à gestão da cidade cabe enfrentar o desafio de ofertar a esses moradores condições salubres e dignas de moradia através de políticas públicas sociais. Esta pesquisa se concentra em três frentes de estudo: a primeira dedica-se às ações de gestão contempladas pela política pública habitacional produzida pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), estabelecendo como recorte geográfico a área do empreendimento São Miguel E - Encosta Norte, situada no Bairro Itaim Paulista, Zona Leste de São Paulo; a segunda dispensa atenção à ocupação de uma área contígua, de assentamento irregular, denominada 'Favela Tijuco Preto’, que configura uma situação oposta e complementar à condição do empreendimento do Encosta Norte; a terceira concentra-se na análise do trabalho técnico social em assentamentos precários realizado pela Superintendência de Ações de Recuperação Urbana (SARU), em contato com a população local. Os resultados alcançados apontaram para uma análise tanto das potencialidades quanto das dificuldades de avanço do trabalho técnico social.