A violência sexual contra mulheres é um fenômeno de extrema complexidade que pode desencadear danos físicos, psicológicos e/ou sofrimento para as vítimas, que buscam delegacias especializadas para denunciar a violência sofrida. Neste contexto psicólogos policiais tem um importante papel, pois podem realizar intervenções com a vítima no momento de sua denúncia. Portanto este estudo tem como objetivo descrever as práticas interventivas utilizadas por psicólogos policiais de Santa Catarina, que atuam em Delegacias Especializadas de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso, em casos de violência sexual contra mulher. Caracteriza-se como uma pesquisa de campo de caráter exploratório e abordagem qualitativa, desenvolvida por meio da aplicação de entrevista semiestruturada a cinco psicólogos policiais. A análise dos resultados indica que as práticas interventivas utilizadas são escuta qualificada e acolhimento psicológico. Além de evidenciar as atividades desenvolvidas pelos psicólogos policiais, como é realizado o atendimento da vítima, os desafios enfrentados no atendimento, as consequências psicológicas decorrentes da violência sexual, e a importância do atendimento e das práticas interventivas. Recomendam-se a expansão de pesquisas com psicólogos policiais, que desempenham um importante papel nesta vertente jurídica/social.