Nas últimas décadas o número de infantes diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA) vem crescendo de maneira substancial e com isso as observações acerca de determinados aspectos comportamentais característicos do transtorno. Isto inclui a seletividade alimentar como um dos principais desafios na nutrição de crianças autistas e como isso pode afetá-las nutricionalmente. Neste viés, o presente artigo tem o objetivo geral de discutir a respeito do comportamento seletivo e suas respectivas consequências na alimentação de crianças com TEA. Trata-se de uma pesquisa que utilizou o levantamento bibliográfico como método de pesquisa onde foram analisados estudos publicados entre 2013 e 2022 que tratassem da seletividade alimentar em crianças autistas e abrangessem as particularidades do assunto, estes estudos foram buscados nas bases de dados BVS, SciELO e MEDLINE/PubMed. Os estudos demonstram que o comportamento seletivo ancorado por alterações sensoriais encontrado na maioria das crianças autistas pode interferir em sua saúde nutricional e acarretar em algumas deficiências nutricionais. Conclui se então que crianças com TEA apresentam alterações sensoriais que influenciam diretamente em sua seletividade alimentar podendo corroborar em deficiências nutricionais, modificações fisiológicas e comportamentais.