Monografia
Avaliação da efetividade do Nivolumabe no tratamento de neoplasias malignas em um hospital público de Minas Gerais
Autor
Ana Luísa Guélere Oliveira, Luiza Sapucaia Martins Roland
Nayara Neves de Alcântara, Sofia Helena Marques Rocha
Viviane Paiva Castro
Institución
Resumen
Introdução: Na última década, a imunoterapia antineoplásica desenvolveu-se com a aplicação terapêutica de anticorpos monoclonais. Dentre eles, inclui-se o Nivolumabe, eficaz contra neoplasias renais, pulmonares, melanoma, entre outros. Objetivo: Comparar o uso e o não uso do Nivolumabe como imunoterápico no tratamento de carcinoma de células renais avançado, de melanoma metastático não ressecável e de câncer de pulmão de células não pequenas avançado, em pacientes tratados ambulatorialmente em unidade pública. Métodos: Trata-se de um estudo caso-controle aninhado. Foram considerados como casos os pacientes que vieram a óbito e, como controles, os sobreviventes. Aplicou-se técnicas de Kaplan-Meier, teste de Logrank e os resultados são apresentados como Hazard ratio (HR). Resultados: Foram avaliados 304 participantes, com idade média de 70 anos (± 12), incluindo 153 mulheres (50,3%). Houve 50 participantes com melanomas (16,4% do total), 139 neoplasias pulmonares (45,7%) e 115 renais (37,8%). Rastrearam-se 14,86 e 26 óbitos para melanoma, neoplasia pulmonar e renal, respectivamente. Houve perda de registros para análise de sobrevida em 45%dos participantes (135/304). O Nivolumabe associou-se a maior sobrevida em relação ao seu não uso em portadores de melanoma e neoplasia renal (Logrank 0,05 e 0,01, respectivamente). Conclusão: O Nivolumabe aplicado como imunoterapia parece ser promissor para as indicações avaliadas. Para avaliações mais robustas, recomenda-se a repetição do estudo quando se dispuser de maior número de participantes submetidos ao tratamento imunoterápico. Além disso, são recomendadas ações para melhorar o processo de registro de desfechos terapêuticos em pacientes oncológicos.