Introdução: O câncer engloba um conjunto de mais de 100 doenças malignas que apresentam crescimento e a multiplicação desordenada e anormal das células. Atualmente o câncer constitui uma das principais causas de morte no mundo, sendo uma a cada seis mortes relacionadas à doença. No Brasil, segundo projeções do Instituto Nacional de Câncer, serão diagnosticados 625 mil novos casos a cada ano. Diante disso, todas as mulheres devem ser informadas sobre os riscos da infertilidade gerados pelos tratamentos oncológicos, uma vez que a maioria desses tratamentos podem causar insuficiência ovariana prematura, devido à toxicidade ovariana dos agentes quimioterápicos no qual são submetidas. Diversas técnicas podem ser empregadas na preservação da fertilidade feminina, destacando a técnica de fertilização in vitro (FIV). Objetivo: Analisar a importância da técnica de fertilização in vitro como uma metodologia da oncofertilidade na preservação da fertilidade em mulheres em tratamento oncológico. Metodologia: revisão bibliográfica do tipo narrativa onde foram selecionados artigos científicos disponíveis nas bases de dados virtuais em saúde: PubMed, MEDLINE, NCBI, LILACS, SciElo, BVS, e Elsevier, e sites como INCA e OPAS. Os descritores utilizados foram: Fertilização in vitro, preservação da fertilidade, oncofertilidade, neoplasia maligna e fertilidade feminina. Resultados: Existem várias opções para a preservação da fertilidade em mulheres com câncer. Para uma mulher com 53% de chance de gerar um bebê nascido vivo usando FIV padrão, a chance de sucesso ao realizar a técnica de FIV de ciclo natural varia de 34% a 53%. Conclusão: Atualmente não há na literatura uma técnica descrita como padrão-ouro para a preservação da fertilidade, entretanto, a FIV se apresenta como uma técnica promissora para fornecer uma oportunidade futura para superar a esterilidade induzida pelo tratamento oncológico.