Introdução: Sem tratamento, a infecção pelo vírus da hepatite C cronifica em até 85% dos casos, podendo evoluir para cirrose hepática e carcinoma hepatocelular, condições potencialmente fatais. Com a aprovação dos antivirais de ação direta, surge uma opção de tratamento que promete resposta terapêutica satisfatória, freando o processo inflamatório hepático. O estudo objetiva avaliar a resposta terapêutica aos antivirais de ação direta dos pacientes portadores de hepatite C crônica acompanhados em um ambulatório médico, através da avaliação da resposta virológica individual após o tratamento. Métodos: Estudo observacional com delineamento transversal realizado por pesquisa em prontuários, bem como por contato direto via celular, dos pacientes diagnosticados com hepatite C crônica, atendidos ou em acompanhamento no Ambulatório Médico de Especialidades (AME) da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) entre janeiro de 2018 e dezembro de 2019 que trataram a hepatite C crônica com antivirais de ação direta. Resultados: Analisaram-se 37 prontuários. Desses, 54,1% era do sexo masculino, com idade média de 58,92 anos. O genótipo 1 foi mais frequente (54,1%), seguido do 3 (35,1%) e do 2 (10,8%). A maioria dos pacientes era virgem de tratamento, sem cirrose, e foi tratada principalmente com Sofosbuvir+Daclatasvir±Ribavirina, por 12 semanas. A resposta virológica sustentada foi de 94,1% no genótipo 1 e 100% nos genótipos 2 e 3, com uma taxa de 2,7% de não respondedores. Conclusão: O presente estudo concluiu que os esquemas com antivirais de ação direta apresentaram alta taxas de resposta virológica sustentada, mostrando eficácia do tratamento para a doença.