O presente artigo tem por escopo e objetivo o estudo e análise mais aprofundada dos impactos da Covid-19 nas relações trabalhistas, desde meados de 2020 até o momento. Como se sabe, a doença que matou mais de 6 milhões de pessoas ao redor do mundo, transformou diversos cenários de maneira nunca vista. Isso porque, desde os primeiros impactos da covid-19, como por exemplo, o isolamento social, uso obrigatório de máscaras, cuidados mais aprofundados com o contato humano, muitos setores tiveram que se adaptar a essas novas modalidades, para que não retroagissem enquanto a sociedade caminhava a passos de formiga, tentando acompanhar as mudanças trazidas pela pandemia. Neste cenário, o presente artigo visa analisar as Medidas Provisórias nos 927/2020 e 936/2020, que foram publicadas ainda em 2020, com o intuito de instituir medidas e hábitos (trabalhistas) que se adequassem ao cenário atual, que até então, era de “pico” da pandemia, em que o número de mortos crescia de forma escalonada. Os governos ao redor do mundo tomaram providências visando diminuir drástica e rapidamente o número de vítimas da doença, e, no Brasil, foram tomadas decisões que fossem ao encontro da sociedade. Na seara trabalhista, muitas coisas mudaram por conta da pandemia. O deslocamento do empregado ao posto de trabalho, contratos de trabalho, jornadas, dentre outros fatores. Conforme será demonstrado, os impactos nas relações trabalhistas foram de grande relevância, inclusive para os dias de hoje, quase três anos após o início de todo o caos causado pela doença.