Trabalho de Conclusão de Curso
Difusão da educação financeira no Brasil após o decreto n. 7.397 de 2010: uma análise exploratória
Autor
Castro, Larissa Maria Lemos de
Institución
Resumen
The economic stability started in the 1990s favored the expansion of credit supply in the
country, facilitating consumption by the population, but creating the main type of debt for
Brazilians. Financial Education enables families to organize their budget by setting limits for
the best use of their incomes. Based on it, the objective of this study was to analyze, from the
establishment of decree no 7.397 of 2010, which establishes the National Strategy for Financial
Education - ENEF - the scenario of financial education and indebtedness in Brazil. For this
purpose, secondary data from national sources were used in order to understand the evolution
of Brazilians' level of financial education and indebtedness. The results obtained indicate that,
despite the expansion of initiatives related to financial education, Brazilians still have less than
ideal financial health, as a consequence, the family indebtedness in 2021 has reached the highest
percentage in eleven years, reaching 76.3%. In addition, it can be identified that socioeconomic
factors directly influence the absorption of financial education and the management of financial
resources capacity by Brazilians. Thus, it is necessary the expansion of the policies aimed at
increasing the level of financial education of the population is evident, and, consequently,
reducing the propensity to indebtedness of Brazilians, especially women and the lower income
population. A estabilidade econômica iniciada na década de 1990 favoreceu na expansão da oferta de
crédito no país, facilitando o consumo por parte da população, mas criando o principal tipo de
dívida dos brasileiros. A educação financeira possibilita às famílias organizarem seu orçamento
estabelecendo os limites para o melhor uso de sua renda. Posto isto, o objetivo deste trabalho
foi analisar, a partir da instauração do decreto no 7.397 de 2010, que estabelece a Estratégia
Nacional da Educação Financeira – ENEF - o cenário da educação financeira e do
endividamento no Brasil. Para tanto, foram utilizados dados secundários de fontes nacionais a
fim de compreender a evolução do nível de educação financeira e de endividamento dos
brasileiros. Os resultados obtidos indicam que, apesar da expansão das iniciativas relacionadas
à educação financeira, os brasileiros ainda apresentam saúde financeira aquém do ideal, reflexo
disto é o endividamento familiar em 2021 ter atingido o maior percentual em onze anos,
chegando a 76,3%. Além disso, pode ser identificado que os fatores socioeconômicos
influenciam diretamente na absorção da educação financeira e na gestão de recursos financeiros
dos brasileiros. Dessa forma evidencia-se a necessidade de ampliação das políticas que visem
aumentar o nível de educação financeira da população, e, consequentemente, reduzir a
propensão ao endividamento dos brasileiros, com destaque para as mulheres a população de
renda mais baixa.