The Brazilian Republic disappointed many of its supporters by promoting the establishment of the central oligarchies in power. The regime did not open up space for the new political and social demands developed over the 1910s and 1920s, becoming fragile in the face of different forms of criticism, which passed from speech to weapons. Therefore, this dissertation seeks to assess possible proximities between what the authoritarian critics of the Republic were producing and the Tenentismo were defending at the time of their first armed actions. Considering the values, traditions, practices and representations founders of the liberal Republic in Brazil and set out in the political cultures of the time, including the contribution of the Republican propagandists in the late 19th century. With these references, the aim is to understand the relationship that authoritarian intellectuals and the Tenentismo held at the time of their performances, from this point it would be able to find a possible dialogue from the rebels militaries with the authoritarian intellectuals, in other words, their contemporaries on debate. The liberal model of the Republic founders were facing an acute crisis. After all, both groups that projected as the vanguard of the changes they believed to be necessary for the regime, shared the same political and cultural environment. For this, beyond a retaking on the contributions of the "1870s generation" for the construction of an intellectual and Republican environment in the country, the reports are developed from the tests produced by authoritarian intellectuals, between the 1910s and 1920s, and the manifestos, motion, letters and reports introduced by rebel militaries in the heat of the 1922 and 1924 actions. The final purpose is to search another possible component of the set of political and cultural references, which helped to stimulate some military armed action, using another approach, beyond the sociological or corporate, developed until now by historiography, focusing on attach a predominantly liberal character to the military revolt.A República brasileira decepcionou muitos de seus apoiadores ao promover o estabelecimento das oligarquias centrais no poder. O regime não abriu espaço para novas demandas políticas e sociais que se colocaram ao longo das décadas de 1910 e 1920, tornando-se frágil perante diferentes formas de crítica, que passaram do discurso às armas. Nesse sentido, esta dissertação procura avaliar eventuais proximidades entre o que produziam os críticos autoritários da República e o que pregava o Tenentismo no momento de suas primeiras ações armadas. Levando em conta os valores, tradições, práticas e representações fundadores da república liberal brasileira e impressos nas culturas políticas da época, com a contribuição dos propagandistas republicanos do final do século XIX; este estudo procura antes compreender qual a relação que os intelectuais autoritários e o Tenentismo detinham, no imediato de suas atuações, com estes universos de referentes, e a partir daí buscar qual o possível diálogo que os militares rebeldes travariam com os intelectuais autoritários, seus contemporâneos no debate. Afinal, ambos os grupos, que se projetavam como vanguarda das transformações que julgavam necessárias ao regime, dividiam o mesmo ambiente político-cultural de aguda crise dos paradigmas liberais fundadores da República. Para isso, além de uma retomada sobre as contribuições da ―geração de 1870‖ para a construção de um ambiente intelectual e republicano no país, as análises são estruturadas a partir dos ensaios produzidos pelos intelectuais autoritários, entre as décadas de 1910 e 1920, e dos manifestos, moções, cartas e relatórios lançados pelos militares rebeldes no calor das ações de 1922 e 1924. O objetivo final é explorar mais um possível componente do conjunto de referências político-culturais, que contribuiu para impulsionar alguns militares à ação armada, lançando mão de outra abordagem, além das sociológicas ou corporativas, desenvolvidas até então pela historiografia, centradas em atribuir um caráter predominantemente liberal à revolta militar.FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais