O presente artigo discorre sobre o impacto da tradição cultural sul coreana sobre as desigualdades de gênero vivenciadas, em especial pelas mulheres coreanas, dentro da indústria musical do kpop, e como a utilização governamental dessa indústria para fins econômicos e políticos acaba perpetuando, interna e externamente, uma visão sexista e estereotipada da mulher sul coreana. Para tanto, a abordagem feminsta elaborada no campo das Relações Internacionais é utilizada como base na construção da argumentação. Além disso, como forma de contextualizar o papel social feminino na Coreia do Sul, são utilizados dados históricos dos períodos entre a colonização japonesa à Península Coreana (1910-1945), até o desenvolvimento econômico do país no período pós Segunda Guerra Mundial.