O objetivo do presente artigo é analisar como a feminilidade e a aparência corporal têm sido representadas na mídia, especialmente nas redes sociais, na perspectiva de mulheres com diferentes pertencimentos étnico-raciais e de diferentes idades, a partir de diálogos interdisciplinares entre a psicologia e o campo das artes visuais. Para esse propósito, foi realizada uma pesquisa empírica qualitativa, com quatro mulheres de diferentes pertencimentos étnico-raciais, na faixa etária de 20 a 55 anos. Foi realizada uma entrevista semiestruturada virtual com cada uma delas, de forma integrada à apresentação de imagens previamente selecionadas relacionadas ao tema da pesquisa. As entrevistas foram transcritas e analisadas a partir do método da Análise de Conteúdo em sua vertente temática, após a transcrição. Os resultados apontaram que os padrões estéticos hegemônicos e os papéis de gênero propagados historicamente, impactam significativamente na saúde mental e nos processos identitários das mulheres. Observou-se ainda, que os meios midiáticos podem favorecer o sofrimento psíquico, mas também ajudar na desconstrução dos padrões estéticos hegemônicos. Por fim, é essencial para a psicologia construir análises críticas e caminhos de bem-estar e a qualidade de vida.