Desde a época da colonização o Brasil continua preso em uma narrativa racial, onde o “eu” brasileiro não se vê e não se analisa como propagador de padrões raciais. É nesse contexto que é posta a prova se a academia brasileira de Relações Internacionais continua com o mesmo padrão de pensamento de um país colonizado. A fim de perceber a existência de padrões raciais, foram escolhidas duas das maiores revistas brasileiras de Relações Internacionais, a RBPI e a Contexto Internacional. Isso nos leva a uma problemática: até que ponto as renomadas revistas brasileiras se preocupam com a questão racial em suas publicações? É necessário que a academia internacionalista brasileira tenha respaldo e autonomia em assuntos que tratem sobre a questão racial no contexto social e acadêmico, afinal é nesse meio em que o racismo e suas diversas mazelas continuam reverberando até os dias atuais.