A cólica equina é considerada uma afecção comum nos equídeos, sendo uma das maiores causas de óbitos em equinos. É um distúrbio multifatorial que ocorre no trato digestório, ocasionando grandes perdas na equideocultura. O presente trabalho relata o caso de um equino da raça Lusitana, 10 anos e em prática da modalidade adestramento. O animal apresentou síndrome do abdome agudo e foi submetido a tratamento clínico, realização de descompressão e lavagem gástrica com uso de sonda nasogástrica, analgesia não eficiente e detecção de alças do intestino delgado distendidas na palpação retal, sendo necessária intervenção cirúrgica no Haras Cristal, em Brasília-DF. Durante o procedimento, foi detectado torção no intestino delgado e perfuração de mesentério, necessitando de ressecção do segmento comprometido, totalizando 7 metros e anastomose término- terminal. O pós-cirúrgico foi realizado na clínica privada e foi possível o restabelecimento de motilidade intestinal através de procinéticos, terapias de suporte, uso de anti-inflamatórios, antibioticoterapia e adaptação da dieta, atualmente o animal segue bem e em práticas equestres.