dc.description | A necessidade de buscar o desenvolvimento sustentável para que seja
possível uma vida digna à humanidade é consenso no cenário internacional. Assim
sendo, para alcançar esse propósito, foram traçados objetivos de desenvolvimento
sustentável na Agenda 2030, que sucede a Declaração do Milênio, a qual foi
próspera em trazer diversos progressos para a humanidade. O consumo de
alimentos de origem animal, por sua vez, cresceu no último século, com
perspectivas de crescimento consideráveis para até o fim da década. Dessa forma, o
presente trabalho se debruça nos impactos ambientais, perpassando os sociais e
econômicos, dos meios utilizados na produção dos alimentos de origem animal,
necessários a atender a demanda crescente, de modo a verificar sua consonância
com o estabelecido no ordenamento jurídico internacional, mais especificamente, na
Agenda 2030, sobre o desenvolvimento sustentável. Assim, começa-se com uma
análise da formulação da Declaração do Milênio e Agenda 2030, os objetivos
alcançados pela primeira e os legados trazidos que restaram para a segunda;
examinando-se também o padrão alimentar ao longo da história da humanidade,
demonstrando a centralidade dos alimentos de origem vegetal e apenas uma
recente ascensão e centralidade dos alimentos de origem animal; analisando-se,
ainda, as projeções de crescimento do consumo dos alimentos de origem animal e
seus impactos para o alcance às metas da Agenda 2030, que tem o intuito de atingir
o desenvolvimento sustentável. Conclui-se, ao final, após o cotejo dos impactos
verificados e as metas trazidas na agenda global atual, que há uma dissonância
entre ambos, figurando necessária uma mudança do padrão alimentar atual, que
reflete a cultura em vigor, para se alcançar o desenvolvimento sustentável e uma
vida digna à humanidade. Para atingir os objetivos, fez-se um levantamento
bibliográfico e documental sobre os hábitos alimentares e impactos dos meios de
produção agrícola, bem como do cenário em que ocorreram as formulações das
agendas globais em comento, tanto no âmbito do direito internacional como da
antropologia, biologia e economia; tendo sido analisada a Declaração do Milênio e
da Agenda 2030, as projeções de crescimento para o consumo de alimentos de
origem animal e seus impactos ambientais. | |