Apresenta pesquisa-dissertação defendida no âmbito do Pprograma de Pós-graduação em Memória Social, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), cujo foco a memória do curso de física da atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Apesquisa foi inspirada por uma Coleção de Memória constituída por obras acumuladas pelos físicos, e posteriormente doados á Biblioteca de Física e Astronomia crida na década de 1990. A questão sobre a invisibiidade do curso de Física emergiu da consulta à essas obras, e à literatura sobre a história dessa área e da ciência no Brasil. As infomações obtidas nessas fontes, em documentos oficiais e no diálogo com os fisicos foram confrontadas a partir de uma perspectivasócio- histórica, de modo a construir uma memória possível do Instituto de Física Armando Dias Tavares, ao qual o curso está vinculado. Evidenciaram-se os fatos que antecederam e marcaram a sua criação, entre as décadas de 1930 e 1950. No plano nacional, a conjuntura política e científica configura os bates em torno da construção e afirmação da identidade - os professores de Física e fisicos/pesquisadores. O fulcro dessa disputa era a necessidade da formação de quadros para a produção de conhecimento novo, em contraposição a um ensino superior profissionalizante, perfil do curso de Física da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Instituto La-Fayette. Esta, no auge desse movimento em prol da pesquisa fo vinculada à Universidade do Distrito Federal e enfrentava dificuldades administrativas e pedagógicas. O exame desses acontecimentos à luz da posterior inserção acadêmica do curso, e das verbalizações dos físicos, faz supor que a continuidade da pesquisa permitirai apurar os caminhos por eles trilhados, para superar essas adversidades e alcançar a indissociabilidade ensino-pesquisa hoje preconizada pela Universidade. E abre perspectivas diferenciadas para a gestão da biblioteca com foco no cliente.