Os cogumelos são apreciados por todo o mundo devido ao seu sabor e qualidades nutricionais, por isso possuem alto valor quando comercializados. Possuem interesse biotecnológico por apresentarem capacidade de degradar resíduos lignocelulósicos. Com o intuito de se obter um produto de baixo custo e reaproveitar resíduos agroindustriais, este trabalho avaliou o crescimento de cogumelos Pleurotus djamor, popularmente conhecido como cogumelo salmon, em caroço-de-algodão suplementado com bagaço de cevada. A metodologia foi baseada na técnica Jun-Cao, na qual os bagaços foram secos em estufa, preparados três tratamentos com seis repetições cada: T1- 70% de caroço-de-algodão/ 30% de bagaço de cevada, T2- 50% de cada composto e T3- 70% de bagaço de cevada/ 30% de caroço-de-algodão, e dois controles com três repetições cada: CA- controle do caroço-de- algodão e o CC- controle do bagaço de cevada, e colocados em sacos para autoclave, autoclavados, inoculados com o spawn do cogumelo, fechados com “capuchão” e então mantidos no escuro com temperatura controlada até o aparecimento dos primórdios de frutificação. Avaliando os tratamentos, não houve crescimento dos primórdios de frutificação em nenhum tratamento e nem nos controles, mas houve algum grau de miceliação nos tratamentos e controles, sendo que no T1 e CA os substratos ficaram completamente miceliados, no T2 ficaram parcialmente miceliados, no T3 houve pouca miceliação e no CC nenhuma miceliação. Portanto, os resultados indicam uma correlação entre o desenvolvimento do cogumelo com o substrato, sendo que o caroço-de-algodão favoreceu o cultivo de Pleurotus djamor, diferente do bagaço de cevada que em grandes quantidades não favoreceu crescimento dos micélios.