The work pretends to analyse Philip Kindred Dick’s novel, Do androids dream of electric sheep?, published in 1968, and his film versions Blade Runner (1982) and Blade Runner 2049 (2017), by Literature, Cinema and Anthropology lights. Initially, will be made a contextualization about the relations between Literature, Anthropology and Cinema, in order to explain the approach to be given to this work. In a second moment, will be done the literary analysis focusing on to describe the structural aspects by the novel and movies in order to ensure a better understanding of the texts for transdisciplinary reflections. Finally, the anthropologycal studies, research on Anthropology of the Body, according to the narratives discussed previously and based in theorical assumptions of authors like David Le Breton and technologies perceptions by construction of the body’s senses, Michel Foucault and the study of utopic body and heterotopia, Donna Haraway with a construction of cyborg body and Zygmunt Bauman reflecting in the space occupied by the bodies in liquid modernity and conception of “human garbage”.O trabalho pretende analisar a obra Andróides sonham com ovelhas elétricas?, de Philip Kindred Dick, publicado em 1968, e suas versões cinematográficas Blade Runner(1982) e Blade Runner 2049 (2017), sob a ótica da Literatura, do Cinema e da Antropologia. Inicialmente, far-se-á uma contextualização a respeito das relações entre Literatura, Antropologia e Cinema, a fim de explanar o enfoque a ser dado ao trabalho. Num segundo momento, será feita a análise literária, focando em descrever os aspectos estruturais do romance e dos filmes a fim de uma melhor compreensão da história para a reflexão transdisciplinar. Posteriormente, será realizado o estudo antropológico, voltado para uma Antropologia do Corpo, a respeito das narrativas analisadas na unidade anterior e com embasamento nos pressupostos de autores como David Le Breton e a percepção das tecnologias pela construção dos sentidos corpóreos, Michel Foucault e o estudo da utopia dos corpos e das heterotopias, Donna Haraway com a construção do corpo ciborgue e Zygmunt Bauman refletindo o espaço ocupado pelos corpos em meio à modernidade líquida e o conceito de “lixo humano”.