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ENTENDENDO COMO O HIV INFECTA CÉLULAS HUMANAS: QUIMIOCINAS E SEUS RECEPTORES
Autor
Stefani, Mariane Martins de Araújo
Vieira, Regina Beatriz Bevilacqua
Pereira, Gisner Alves de Souza
Teixeira Jr., João
Ferro, Maria Ordália
Institución
Resumen
Esta revisilo aborda recentes descobertas que esclareceram a natureza das moléculasacessórias obrigatoriamente utilizadas pelo HIV para infectar células humanas, elucidandomecanismos de resistência à infecção e abrindo perspectivas de novos alvos para drogas evacinas. Um ano após a descoberta do HIV, a molécula CD4 foi identificada como receptorprimário utilizado no processo de infecção dos linfócitos T. Entretanto, há mais de uma décadase sabia que só esta molécula não era suficiente e que o HIV precisava de moléculas adicionais,ou co-receptores, para permitir a infccc3o da célula-alvo. Em 1996, vários grupos de pesquisadescobriram que receptores para citocinas quimiotáticas, denominadas quimiocinas, atuam comoco-receptores, para a penetração do HIV na célula-a!vo e o início do seu ciclo replicativo.Existem pelo menos 4 famílias de quimiocinas, 2 das quais bem caracterizadas: a quimiocinas(CXC) e seus 4 receptores descritos (CXCR-1 a 4) e p quimiocinas (CC) e seus S receptorescorrespondentes (CCR-1 a 8). O receptor CXCR4 foi o primeiro co-receptor descrito para cepasde HIV com tropismo para linfócitos T CD4+. Logo em seguida, o receptor CCR-S foiidentificado como o co-receptor utilizado por cepas de HIV com tropismo para macrófagos. Noinício da infecção predominam cepas de HIV que utilizam CCR-S para infectar macrófagos quelentamente evoluem para cepas que preferem CXCR-4 e infectam linfócitos T CD41", sendoprovavelmente responsáveis pela deplcçao dessas células observadas na fase avançada dainfecção. Uma mutação, em homozigose ou heterozigose, constituída de deleçao de 32 pares debase no gene CCR-5, contribui em diferentes graus para a resistência ao HIV em indivíduosexpostos e não infectados. A descoberta das quimiocinas e seus receptores, como moduladoresdo ciclo replicativo do HIV, iniciou uma era, abrindo perspectivas de novas abordagensprofiláticas e terapêuticas para a infecção pelo HIV.