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Se não há Um...: a relação do outro com o outro na Sétima Tese da Segunda hipótese do Parmênides de Platão
Registro en:
10.52052/issn.2176-5960.pro.v9i21.5736
Autor
Cornelli, Gabriele
Institución
Resumen
O presente ensaio tem como objetivo examinar o problema colocado na Sétima Tese da Segunda Hipótese do Parmênides de Platão (164b-165E). A citada hipótese centra-se na relação dos outros com o outro, voltando assim para a Terceira Tese, mas, desta vez, sem o apoio do Um para impedir a fragmentação. Assim, toda a percepção da realidade sofre um processo de deriva, descrito por Parmênides como “um sonho durante o sono”, no qual cada um dos outros “de Um que parecia se revela multíplice, de pequeníssimo um todo enorme” (164d). O sonho, no entanto, apresenta características muito precisas destes conjuntos: entre elas, o fato de “ter o número” (164d) e “aparecer no seu interior o par e o ímpar” (164e). O “sonho numérico” de Parmênides pode ser uma importante chave de leitura para compreender a consistência histórico-teórica da Sétima Tese, especialmente quando visto à luz do debate ontológico e matemático que ocupa o Quinto Século, antes de Platão.