Dissertação
João Ribeiro e a filosofia no Brasil : teoria e prática na produção de sentidos sobre a história universal (1892-1932)
Registro en:
ALCANTARA, Gleide Selma Moreira de. João Ribeiro e a filosofia no Brasil : teoria e prática na produção de sentidos sobre a história universal (1892-1932). 2015. 61 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2015.
Autor
Alcantara, Gleide Selma Moreira de
Institución
Resumen
This paper analyzes the ideas and practices of the Brazilian historian João Ribeiro about his understanding of philosophy, history and philosophy of history. As basic sources are employed Articles "Philosophy in Brazil" (1917), the essay "The science in history" (1894) and the didactic writing "Universal History" in three versions, published respectively in 1918, 1924 and 1932 subjected to exegesis and hermeneutics strategies. The results indicate that João Ribeiro understands philosophy as metaphysical study focused on transcendence and history, as a science whose object is made up of social action and its scientific founded on universal laws. The analysis of World history shows that its didactic historiography narrates events that establish a philosophy of history. João Ribeiro adopts in his compendium line of succession civilization river (Nile, Euphrates)/Mediterranean civilization (Greek and Roman)/Atlantic civilization (modern people) and distinguishing the history of Eastern peoples as the oldest testimonies of civilization followed by the Greeks and the Romans and the modern people - fruits of fragmentation of Greco-Roman civilization, refers to the classical division of the German philosopher Georg Wilhelm Friedrich Hegel developed in his "History of Philosophy" (1837). Este texto analisa as ideias e práticas do historiador brasileiro João Ribeiro a respeito do seu entendimento sobre filosofia, história e filosofia da história. Como fontes básicas são empregados os artigos A filosofia no Brasil (1917), o ensaio A sciencia na história (1894) e o escrito didático História universal em três versões, publicadas, respectivamente, em 1918, 1924 e 1932, submetidos às estratégias de exegese e hermenêutica. Os resultados indicam que João Ribeiro compreende a filosofia como o estudo metafísico centrado na transcendência, e a história, como ciência cujo objeto é constituído pelas ações sociais sendo sua cientificidade fundada em leis universais. A análise da História universal permite inferir que sua historiografia didática narra acontecimentos que fundamentam uma filosofia da história. João Ribeiro adota em seu compêndio a linha de sucessão civilização fluvial (Nilo, Eufrates)/civilização mediterrânea (gregos e romanos)/civilização atlântica (povos modernos) e, distinguindo a história dos povos orientais como os mais antigos testemunhos de civilização seguidos dos gregos e dos romanos e dos povos modernos frutos da fragmentação da civilização greco-romana, reporta-se à divisão clássica do filósofo alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel elaborada em sua obra Filosofia da História (1837).