A Universidade Federal de Sergipe possui atualmente uma população de mais de 28000 pessoas e, para atender a demanda de esgoto gerado por essa comunidade acadêmica, possui uma rede de mais de 3500 m de tubulações, duas estações elevatórias de esgoto e mais de 90 poços de visita instalados no campus São Cristóvão. Para o tratamento deste efluente, a universidade possui um sistema de tratamento composto por tratamento preliminar, secundário e terciário. No Brasil, o tipo de sistema de coleta e transporte de esgoto que deve ser adotado é o separador absoluto, porém devido à ocorrência de interconexões de redes de águas pluviais e infiltrações no sistema, o mesmo muitas vezes opera como separador parcial. A inserção de águas pluviais na rede coletora altera as características qualitativas e quantitativas do efluente que será conduzido às estações de tratamento. Portanto se faz necessário avaliar o funcionamento da rede coletora da universidade e os fatores que influenciam na vazão que chega à estação de tratamento do campus. Este trabalho analisou a influência do estado de conservação das caixas de passagem existentes no campus, a possibilidade de interconexão com a rede de águas pluviais e a possibilidade de infiltração do lençol freático no sistema de coleta de esgoto. Para as caixas de passagens, foi identificado que 13,45% das caixas de esgoto existentes na universidade apresentaram algum problema em seu estado de conservação. Com isso, gerando um acréscimo de 1,56 L/s na vazão que é encaminhada ao tratamento. Com relação às interconexões, foi identificado um ponto de lançamento de águas pluviais na rede de esgoto. Por fim, foi identificado que o nível lençol freático presente na região da universidade se apresenta, mesmo em época de estiagem, acima do fundo dos poços de visita e tubulações da rede coletora.São Cristóvão, SE