Introdução: A Disfunção Velofarígea (DVF) ocorre devido alterações anatômicas e funcionais nas estruturas do esfíncter velofaríngeo. A DVF provoca uma produção de fala hipernasal, escape de ar indevido pelas narinas durante a fala, ausência de pressão intraoral e distúrbios de articulação compensatória (DACs). Após as cirurgias reconstrutoras espera-se que o paciente adquira equilíbrio funcional do esfíncter, quando, mesmo após a cirurgia, o problema persistir, o tratamento pode ser realizado através do procedimento físico (prótese de palato com obturador faríngeo) e do procedimento funcional (fonoterapia). Objetivo: Relatar a terapia fonoaudiológica e confecção da prótese em um paciente com DVF com o uso da Prótese de Palato com Obturador Faríngeo. Método: Relato de um caso de um paciente, L., 19 anos, submetido à intervenção física com prótese de palato aliado a intervenção funcional com a fonoterapia. Os dados foram extraídos dos relatos escritos do prontuário clínico do paciente em questão. O paciente, concordou e assinou um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para participação de pesquisas, diretamente com os profissionais que realizaram o tratamento. Resultados: O paciente obteve a percepção, controle da pressão intraoral e fluxo de ar (Etapa 1), em seguida, L. adquiriu o fonema dirigido /la/ mantendo o fechamento velofaríngeo (Etapa 2) e seguiu adquirindo o fechamento velofaríngeo nos demais fonemas (Etapa 3), seguido da fala encadeada (Etapa 4, 5,6, 7). Sendo assim, todas as etapas foram concluídas e o paciente reabilitado (Função Velofaríngea Adequada). Conclusão: Foi possível através do presente estudo relatar as etapas de confecção e terapia fonoaudiológica em um paciente com DVF, demostrando ser um método eficaz para reabilitação desta patologia e consequente melhoria na inteligibilidade de fala.Lagarto