Tese
"Uma cidade muda não muda" : mulheres, graffitis e espaços urbanos hostis
"A mute city doesn’t change" : women, graffiti and hostile urban spaces;
"Une ville muette ne change pas" : femmes, graffitis et espaces urbains hostiles
Registro en:
BARROS, Erna. "Uma cidade muda não muda" : mulheres, graffitis e espaços urbanos hostis. 2020. 360 f. Tese (Doutorado em Sociologia) – Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2020.
Autor
Barros, Erna
Institución
Resumen
"A Mute City Doesn’t Change: Women, Graffiti and Hostile Urban Spaces"
applies a reading of graffiti while the urban phenomenon in dialogue with a city structure
as a space for disputes from a gender perspective. It seeks to contribute to a discussion
about the transition of women to the public environment because of graffiti artists that
give new meaning to these spaces, supported by the representation of enterprises about a
city thought and planned according to an idea of human universality, that is, a hegemonic
perspective of sex male over female. Thus, the main objective of Thesis is to identify the
spaces hosted in the presence of women in the public space of the city and reflect on the
resistance of the graffiti artists to these open spaces through the claim of an agency in the
city. For this, a methodology used was the observation of the usual uses and graffiti
speeches in Grande Aracaju - SE, through the photographic and filmic record of their
limitations in the urban environment, going through different paths next to them, and also
only, in order to understand the practice of graffiti as a tool of representation, contestation
and female expression. Compare me during these trajectories with an urban structure that
meets a masculine planning logic that is not gender sensitive, which imposes on women
a transit full of permissions, which it presents in this Thesis through Photographic Boards,
arranged in assemblies of the images collected in the field. A research has resulted in the
understanding that how graffiti refreshes and transgresses different hostile spaces for
women, a guide to feelings of resistance and sorority, through the claim of an
aestheticized agency and particular dynamics of dialogue and action in the city. "Une Ville Muette ne Change Pas: Femmes, Graffitis et Espaces Urbains Hostiles"
applique une lecture du graffiti tandis que le phénomène urbain en dialogue avec une
structure de ville comme espace de conflits dans une perspective de genre. Il vise à
contribuer à un débat sur la transition des femmes vers l'environnement public «à cause
des graffeurs qui donnent un nouveau sens à ces espaces, soutenus par la représentation
d'entreprises autour d'une ville pensée et planifiée selon une idée d'universalité humaine,
c'est-à-dire une perspective hégémonique du sexe mâle sur femelle. Ainsi, l'objectif
principal de Thesis est d'identifier les espaces hébergés en présence de femmes dans
l'espace public de la ville et de réfléchir sur la résistance des graffeurs à ces espaces
ouverts à travers la revendication d'une agence dans la ville. Pour cela, une méthodologie
utilisée a été l'observation des usages habituels et des discours graffitis à Grande Aracaju
- SE, à travers le dossier photographique et filmique de leurs limites en milieu urbain, en
empruntant différents chemins à côté d'eux, et aussi uniquement, afin de comprendre la
pratique du graffiti comme outil de représentation, de contestation et d'expression
féminine. Comparez-moi au cours de ces trajectoires avec une structure urbaine qui
répond à une logique de planification masculine non sensible au genre, qui impose aux
femmes un transit plein d'autorisations, qu'il présente dans cette Thèse à travers des
Tableaux Photographiques, disposées en assemblages des images collectées sur le terrain.
Une recherche a permis de comprendre comment le graffiti rafraîchit et transgresse
différents espaces hostiles pour les femmes, un guide des sentiments de résistance et de
sororité, à travers la revendication d'une agence esthétisée et d'une dynamique particulière
de dialogue et d'action dans la ville. Fundação de Apoio a Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe - FAPITEC/SE "Uma Cidade Muda Não Muda": Mulheres, Graffitis e Espaços Urbanos Hostis propõe
uma leitura do graffiti enquanto fenômeno urbano em diálogo com a estrutura da cidade
como espaço de disputas a partir de uma perspectiva de gênero. Busca contribuir para
uma discussão sobre o transitar das mulheres pelo ambiente público "por sobre os
ombros" de grafiteiras que ressignificam estes espaços, apoiadas na representação de
entendimentos sobre uma cidade pensada e planejada segundo uma ideia de
universalidade do humano, ou seja, uma perspectiva hegemônica do masculino em
detrimento do feminino. Assim, o objetivo principal da Tese é a identificação dos espaços
hostis à presença das mulheres no espaço público da cidade e a reflexão acerca da
resistência das grafiteiras a estes espaços através da reinvindicação de uma agência na
cidade. Para isso, a metodologia utilizada foi a observação dos usos cotidianos e discursos
de grafiteiras na Grande Aracaju – SE, através do registro fotográfico e fílmico de suas
intervenções no ambiente urbano, percorrendo diferentes trajetos junto a elas, e também
sozinha, a fim de compreender a prática do graffiti como ferramenta de representação,
contestação e expressão feminina. Deparei-me durante estes trajetos com uma estrutura
urbana que atende por uma lógica masculina de planejamento não sensível ao gênero, que
impõe às mulheres um transitar cheio de limitações, que apresentei nesta Tese através de
Pranchas Fotográficas, dispostas em montagens das imagens colhidas em campo. A
pesquisa teve como resultado a compreensão de que as grafiteiras resignificam e
transgridem diferentes espaços hostis às mulheres, guiadas por sentimentos de resistência
e sororidade, através da reinvindicação de uma agência estetizada e de dinâmicas
particulares de diálogo e atuação na cidade. São Cristóvão