A fluoretação em estações de tratamento de água (ETAs) garante a proteção da saúde bucal da população abastecida quando atende aos níveis adequados de fluoreto. No Brasil, esses níveis são regulamentados pela Portaria GM/MS n°888, de 4 de maio de 2021 do Ministério da Saúde. Diante disso, neste trabalho, objetivou-se verificar as concentrações de flúor na saída de três estações de tratamento de Sergipe e comparar com os valores recomendados pela portaria vigente, além de compreender o comportamento desses teores ao longo do tempo. A pesquisa obteve os dados de amostragem das ETAs Poxim, Cabrita e João Ednaldo no período de 2015 a 2019. Esses dados foram tratados e determinadas as concentrações do íon fluoreto de cada estação (exercida), enquanto as concentrações recomendadas (esperadas) foram determinadas com base em equação trazida na portaria mencionada. Os testes de normalidade de Shapiro-Wilk e o teste não paramétrico de Mann-Whitney foram aplicados para análise estatística dos dados. Nos resultados, a ETA Cabrita apresentou o maior percentual de amostras de concentrações do íon fluoreto dentro do limite recomendado de 0,6 a 0,8 mg/L, enquanto a ETA Poxim e a ETA João Ednaldo obtiveram percentuais significativos abaixo do limite mínimo de 0,6 mg/L. Contudo, os percentuais abaixo desse limite para a ETA João Ednaldo foram maiores. Verificou-se que ao longo dos anos a variação do íon fluoreto assumida por todas as ETAs oscilou mais entre cada mês em comparativo com a concentração recomendada. Dessa forma, conclui-se que é necessário maior adequação dos níveis de fluoreto nas ETAs Poxim e João Ednaldo, além de ser indispensável o monitoramento mais eficaz desses níveis em todas as estações desse estudo, assim como a prática do heterocontrole deve ser adotada em conjunto com instituições, vigilâncias sanitárias e municípios abastecidos pelas ETAs.São Cristóvão, SE