Monografia
Perfil de discrepâncias na farmacoterapia de pacientes internados na unidade pediátrica de um hospital público de alta complexidade no Brasil
Profile of discrepancies in the pharmacotherapy of patients inside in the pediatric unit of a high-complexity public hospital in Brazil
Registro en:
Araújo Neto, Fernando de Castro. Perfil de discrepâncias na farmacoterapia de pacientes internados na unidade pediátrica de um hospital público de alta complexidade no Brasil. São Cristóvão, SE, 2018. Monografia (graduação em Farmácia) – Departamento de Farmácia, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2018
Autor
Araújo Neto, Fernando de Castro
Institución
Resumen
Background: Unintentional discrepancies in pharmacotherapy are conceptualized as incorrectand unjustified errors between the history of drug use and prescriptions during care transitions, an example of hospital admission. These discrepancies when not taking the risk and taking the risk have been a problem with prevent the deficiency or ineffective, incontinent precarious to the treatment and discontinuity of treatment. As children are more susceptible to drug treatment, the analysis of discrepancies in pharmacotherapy may be a relevant strategy to improve communication between health professionals and prescribers in this population. In this sense, the objective of this study was to analyze discrepancies in pharmacotherapy during the admission and internal transference of a hospital of high complexity. Method: Patients from 0 to 12 years of age were not evaluated without admission to the pediatrics. Data collection was performed between August 2017 and March 2018 and the following steps: 1- The collection of sociodemographic data; 2 - clinical interview with the patient's caregiver; 3 - registration of the patient's prescription of admission and the first prescription made after an internal registration; 4 assessments of patient records for the history of pharmacotherapy registered by nursing staff. The discrepancies were classified as intentional, when there was documented justification for changes in pharmacotherapy, and not intentional. The following were classified as: omission of drugs; dose, rate or route of administration other than previous history; once different from previous history and therapeutic duplicity. Results: A total of 136 patients participated in the study, of which 72 (53%) were males and 64 (47%) were females, with a mean age of six years. Of these, 20 (14.7%) elderly health problems and 116 (85.3%) acute problems. 21 (15.4%) patients discrepancies on hospital admission and 70 (51.5%) patients on transfer to the ward. As for drugs that unintentional discrepancies, 24 were created on admission and 74 on transfer. The effects of the medication were more intense in omission (70.8%) and dose (20.8%) in the internal dose by default (52.7%) and dose (35.5%). Conclusion: The majority of patients hospitalized for acute health problems, which explains the use of hospitalization rates and justifies the rate of discrepancy during hospitalization when compared to an internal transfer rate. This may be the indicator of communication difficulties between health teams and low process management. As a consequence, they may trigger discontinuities in treatment of adverse reactions or adversities due to errors in dosages, routes of administration, frequency of administration or prescription of different drugs. Introdução: Discrepâncias não intencionais na farmacoterapia são conceituadas como mudanças incorretas e não justificadas entre a história de uso de medicamentos e as prescrições, durante as transições de cuidado, a exemplo da admissão hospitalar. Estas discrepâncias quando não identificadas podem levar a problemas como: prescrição de farmacoterapia inadequada ou ineficaz, interrupções desnecessárias ao tratamento e descontinuidade de tratamento. Como as crianças são mais suscetíveis a sofrer problemas com medicamentos, a análise de discrepâncias na farmacoterapia pode ser uma estratégia relevante para melhorar a comunicação entre profissionais de saúde e segurança na prescrição nessa população. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi analisar as discrepâncias na farmacoterapia durante a admissão e transferência interna pediatria de um hospital público de alta complexidade. Método: Para tanto, foram avaliados pacientes de zero a 12 anos admitidos no internamento da pediatria. A coleta de dados foi realizada entre agosto de 2017 e março de 2018 e seguiu os seguintes passos: 1- coleta dos dados sociodemográficos; 2- entrevista clínica com o cuidador do paciente; 3- registro da prescrição de admissão do paciente e da primeira prescrição feita após a transferência interna; 4- avaliação do prontuário do paciente para obter a história da farmacoterapia registrada pelos profissionais da equipe de saúde. As discrepâncias encontradas foram classificadas em intencionais, quando havia justificativa documentada para as alterações na farmacoterapia, e não intencionais. Estas últimas foram classificadas em: omissão de medicamentos; dose, frequência ou via de administração diferente da história pregressa; medicamento diferente da história pregressa e duplicidade terapêutica. Resultados: Participaram do estudo 136 pacientes, sendo 72 (53%) do sexo masculino e 64 (47%) do sexo feminino, com média de idade de seis anos. Destes, 20 (14,7%) apresentaram problemas crônicos de saúde e 116 (85,3%) problemas agudos. 21 (15,4%) pacientes apresentaram discrepâncias na admissão hospitalar e 70 (51,5%) pacientes na transferência para a enfermaria. Quanto aos medicamentos que apresentaram discrepâncias não intencionais, 24 destes foram na admissão e 74 na transferência. Os erros de medicação mais identificados foram por omissão (70,8%) e dose (20,8%) na admissão e na transferência interna por omissão (52,7%) e dose (35,5%). Conclusão: A maioria dos pacientes estavam internados por problemas agudos de saúde, o que explica o número reduzido de utilização de medicamentos antes do internamento e justifica a baixa taxa de discrepâncias durante a
admissão hospitalar quando comparada com a taxa da transferência interna. Tal achado pode apontar dificuldades de comunicação entre as equipes de saúde e baixa documentação dos processos. Como consequências, podem ocorrer desde descontinuidades em tratamentos a reações adversas ou efeitos colaterais devido a erros em doses, vias de administração, frequências de administração ou por prescrição de medicamentos diferentes. São Cristóvão, SE