dc.contributorBarbosa, Ivan Fontes
dc.creatorAlves, Victor Hugo Andrade
dc.date2022-10-11T21:27:17Z
dc.date2022-10-11T21:27:17Z
dc.date2021-08-31
dc.date.accessioned2023-09-28T22:37:34Z
dc.date.available2023-09-28T22:37:34Z
dc.identifierALVES, Victor Hugo Andrade. A nova fase da precarização do trabalho : o streamer como uma nova ocupação na era da informação. 2021. 129 f. Dissertação (Mestrado em Sociologia) - Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2021.
dc.identifierhttp://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/16604
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/9073792
dc.descriptionThe research developed here aims to understand the current changes in the world of work in what we call the “post-Fordist/neoliberal” paradigm. We know that the transformations since the 1970s have generated new trends in capitalism, among them we have the gradual disappearance of the Fordist worker, who, despite being in a rigid, inflexible model and based on the logic of factory despotism, maintained a position of stability, progress salary and a sense of career. The destruction of the Fordist-Keynesian pact deconstructed the bases for reconciling the old struggle between capital and labor and started the process of what was known as "productive restructuring", a process that, in practice, led to a dramatic decrease in companies, an increase in unemployment structural and a precariousness of work never seen before. The worker must now be flexible, always engaged and adapted to the company's needs, even if this meant, in practice, lower wages, longer working hours and employment instability. The new technologies that originated in the computer revolution allowed more efficient forms of decentralization and flexibilization of work, creating an individualistic worker, fragmented and diluted in its own precariousness, under the neoliberal discourse that the failure of the individual would be no one's fault, the not being his own, leading to the constitution of the precariat. Concomitant to these technological and labor transformations, new forms of work appear in the digital world, among them we have the figure of the streamer, a recent occupation rooted in the entertainment area that not only adopts, but emphasizes the discourse of engagement, of "entrepreneurship" and of “doing what you love” and selling yourself as an alternative to the already torn positions of formal work. Our problem here becomes explicit: is the streamer really an alternative as a work modality to precarious traditional jobs or is it itself a constituent part of the logic of deepening this precariousness, that is, the precariat? Our research has an exploratory character, of a qualitative nature, aiming at the application of semi-structured interviews. Our theoretical-methodological framework is historical-geographic materialism and the analysis methodology is the theory of everyday representations. We concluded in our research that the streamer, far from representing any escape from precariousness, is born under the logic of precariousness, having in itself the elements that constitute the precarious mind in the subjective scope; in the objective, it prescribes the main characteristics (lack of guarantees, lack of stability, absence of a career project) that precarious workers present.
dc.descriptionCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES
dc.descriptionA pesquisa aqui desenvolvida tem como objetivo entender as mudanças atuais do mundo do trabalho no que chamamos de paradigma “pós-fordista/neoliberal”. Sabemos que as transformações desde os anos 1970 geraram novas tendências no capitalismo, dentre elas, temos o paulatino desaparecimento do trabalhador fordista, este que embora estivesse num modelo rígido, inflexível e baseado numa lógica de despotismo fabril, mantinha uma posição de estabilidade, um progresso salarial e um sentido de carreira. A destruição do pacto fordista-keynesiano desconstruiu as bases de conciliação da velha luta entre capital x trabalho e iniciou o processo do que se conheceu como “reestruturação produtiva”, processo que, na prática, levou a uma diminuição dramática das empresas, aumento do desemprego estrutural e uma precarização do trabalho nunca vista antes. O trabalhador agora deve ser flexível, estar engajado sempre e adaptado as necessidades na empresa, mesmo que isso significasse na prática menor salário, maiores horas de trabalho e instabilidade empregatícia. As novas tecnologias que foram originadas na revolução da informática permitiram formas mais eficientes de descentralização e flexibilização do trabalho, criando um trabalhador individualista, fragmentado e diluído em sua própria precariedade, sob o discurso neoliberal que o fracasso do indivíduo não seria culpa de ninguém, a não ser dele próprio, levando a constituição da figura do precariado. Concomitante as estas transformações tecnológicas e trabalhistas, surgem novas formas de trabalho no mundo digital, dentre elas temos a figura do streamer, uma recente ocupação fincada na área do entretenimento que não só adota, mas enfatiza o discurso do engajamento, do “empreendedorismo” e do que “faça o que você ama” e ao se vender como alternativa aos postos já dilacerados do trabalho formal. Nosso problema aqui se explicita: será o streamer realmente uma alternativa como modalidade de trabalho aos empregos tradicionais precarizados ou será ele mesmo parte constituinte da lógica de aprofundamento desta precarização, ou seja, do precariado? Nossa pesquisa tem caráter exploratório, de natureza qualitativa, visando a aplicação de entrevistas semiestruturadas. Nosso referencial teóricometodológico é o materialismo-histórico-geográfico e a metodologia de análise é a teoria das representações cotidianas. Concluímos em nossa pesquisa que o streamer, longe de representar qualquer fuga da precarização, nasce sob a lógica do precariado, tendo em si os elementos que constituem a mente precarizada no âmbito subjetivo; já no objetivo, ele prescreve a as características principais (falta de garantias, falta de estabilidade, ausência um projeto de carreira) que os trabalhadores precarizados apresentam.
dc.descriptionSão Cristóvão
dc.formatapplication/pdf
dc.languagepor
dc.publisherPós-Graduação em Sociologia
dc.publisherUFS
dc.subjectSociologia do trabalho
dc.subjectEmprego precário
dc.subjectTecnologia da informação
dc.subjectForça de trabalho
dc.subjectEfeito das inovações tecnológicas
dc.subjectPrecariado
dc.subjectStreamer
dc.subjectPós-fordismo
dc.subjectTrabalho
dc.subjectPrecariat
dc.subjectPostfordism
dc.subjectLabor
dc.subjectCIENCIAS HUMANAS::SOCIOLOGIA
dc.titleA nova fase da precarização do trabalho : o streamer como uma nova ocupação na era da informação
dc.typeDissertação


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