Dissertação
Avaliação da vasorreatividade cerebral, um marcador substituto da doença cerebrovascular, na deficiência congênita e isolada de GH
Registro en:
COUTINHO, Cindi Guimarães Marinho. Avaliação da vasorreatividade cerebral, um marcador substituto da doença cerebrovascular, na deficiência congênita e isolada de GH. 2020. 69 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) - Universidade Federal de Sergipe, Aracaju, 2020.
Autor
Coutinho, Cindi Guimarães Marinho
Institución
Resumen
Introduction: Cerebrovascular disease is a major cause of death and disability. Overweight,
diabetes mellitus, arterial hypertension, dyslipidemia, sedentary lifestyle and smoking are risk
factors for cardiovascular and cerebrovascular disease. The role of the GH/IGF-I axis in the risk
of cerebrovascular disease is controversial. Patients with GH deficiency (GHD) in the setting
of hypopituitarism often exhibit cerebrovascular disease predisposing factors, as low nitric
oxide generation, endothelial dysfunction, increased visceral fat mass, increased levels of LDL
cholesterol, and increased intima-media thickness (IMT), an alternative marker of
atherosclerosis. However, several confounders such as the primary hypothalamic-pituitary
lesion, hormonal replacement therapies, consequences of surgery and radiotherapy, may
influence this relationship.
Objective: to evaluate cerebral vasoreactivity, a surrogate marker of cerebrovascular disease,
in adult subjects with untreated isolated growth hormone deficiency (IGHD) due to c.57 + 1G>
A mutation in the GH releasing hormone (GHRH) receptor gene.
Methods: This is a cross-sectional study with 25 IGHD adult subjects and 25 age- and gendermatched
controls. Interview, physical examination, laboratory exams with metabolic profile,
calculus of the Framingham risk score, IMT measurement and transcranial Doppler were
performed. The intracranial hemodynamics was evaluated by mean flow velocity (MFV),
pulsatility (PI) and resistance indexes (RI), and the breath holding index, this one after
vasodilatory stimulus of hypercapnia.
Results: IGHD and control groups were similar with regard to cardiovascular risk factors,
including the Framingham risk score. Carotid intima-media thickness, mean flow velocity,
pulsatility, resistance and apnea indices were also similar between groups. There was a positive
correlation between age with IMT, age with PI and age with RI, as well as 2-hour glucose in
oral glucose tolerance test with IMT and with RI and between IMT with PI and IMT with RI.
Conclusion: Lifetime, untreated IGHD does not cause impaired cerebral vasoreactivity. Introdução: A doença cerebrovascular é uma das principais causas de morte e incapacidade.
A obesidade, o diabetes mellitus, a hipertensão arterial, a dislipidemia, o sedentarismo e o
tabagismo são fatores de risco para doenças cardiovasculares e cerebrovasculares. O papel do
eixo GH / IGF-I no risco da doença cerebrovascular é controverso. Pacientes com deficiência
de GH (DGH) no cenário de hipopituitarismo geralmente exibem fatores predisponentes à
doença cerebrovascular, como baixa geração de óxido nítrico, disfunção endotelial, aumento da
massa de gordura visceral, aumento dos níveis de colesterol LDL e aumento da espessura
médio-intimal carotídea (EMIC), um marcador alternativo da aterosclerose. No entanto, vários
fatores confundidores, como lesão primária hipotalâmica-hipofisária, terapias de reposição
hormonal, consequências de cirurgia e radioterapia, podem influenciar essa relação.
Objetivo: Avaliar a vasorreatividade cerebral, um marcador substituto de doença
cerebrovascular, em indivíduos adultos com deficiência isolada e congênita de hormônio de
crescimento (DIGH), não tratada, devido à mutação c.57 + 1G> A no gene do receptor do
hormônio liberador do GH (GHRH).
Métodos: Trata-se de um estudo transversal com 25 indivíduos adultos com DIGH e 25
controles pareados por idade e sexo. Entrevista, exame físico, exames laboratoriais com perfil
metabólico, cálculo do escore de risco de Framingham, medição da EMIC e Doppler
transcraniano foram realizados. A hemodinâmica intracraniana foi avaliada pela velocidade
média de fluxo (VMF), índices de pulsatilidade (IP) e de resistência (IR) e o índice de apneia,
este pós estímulo vasodilatador com hipercapnia.
Resultados: Os grupos DIGH e controle foram semelhantes no tocante aos fatores de risco
cardiovasculares, inclusive o escore de risco de Framingham. A espessura médio-intimal
carotídea, a velocidade média de fluxo, os índices de pulsatilidade, de resistência e de apneia
também foram similares entre os grupos. Houve correlação positiva entre idade com EMIC,
idade com IP e idade com IR, bem como entre glicemia de 2 horas ao teste oral de tolerância à
glicose com EMIC e com IR e entre a EMIC com IP e a EMIC com IR.
Conclusão: a DIGH congênita não tratada não causa comprometimento da vasorreatividade
cerebral. Aracaju