info:eu-repo/semantics/article
A invisibilidade da filosofia africana no discurso acadêmico brasileiro
Registro en:
10.14393/REVEDFIL.issn.0102-6801.v30n59a2016-p405a424
Autor
Dantas, Luis Thiago Freire
Institución
Resumen
*Mestre em Filosofia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Doutorando em Filosofia: História da Filosofia pela (UFPR). Apoio: CAPES.A invisibilidade da filosofia africana no discurso acadêmico brasileiroResumo: O objetivo deste artigo é questionar a invisibilidade da filosofia africana no discurso acadêmico brasileiro. Para isso, o artigo refletirá sobre a ideologia que é a causa da compreensão da falta de história no continente africano, em seguida o artigo apresentará a complexidade que há em atribuir uma identidade africana, assim como criticar a noção de Etnofilosofia através do filósofo camaronês Marcien Towa. Finalmente, o artigo considerará tal invisibilidade como efeito de uma reprodução colonizadora que, para se desenvolver, necessita de legitimação europeia do próprio discurso.Palavras-chave: Colonização. Filosofia Africana. Racismo.The invisibility of african philosophy in the brazilian academic discourseAbstract: The purpose of this article is to question the invisibility of African philosophy in academic discourse. For this, the article will reflect on the ideology that is the cause of this lack of understanding of the history on the African continent, and then the article will present the complexity of assigning an African identity, but also to criticize the concept of ethnophilosophy by philosopher Cameroon Marcien Towa. Finally, the article considers this invisibility as a colonizer read effect to develop, require very European legitimizing expression.Keywords: African Philosophy. Colonization. Racism.L'invisibilité de la philosophie africaine dans le discours académique brésilienRésumé: Le objectif cet article est en questionner l'invisibilité de la philosophie africaine dans le discours académique. Pour ça, l'article refléchirá sur l'idéologie qui est la cause de ce manque de compréhension de l'histoire sur le continent africain, puis l'article présentera la complexité d'assigner une identité africaine, mais aussi de critiquer la notion de Etnofilosofia par le philosophe camerounais Marcien Towa. Enfin, l'article considère cette invisibilité comme un effet de lecture colonisatrice que pour développer, nécessite de légitimation européenne d'expression propre.Mots-clés: Colonisation. Philosophie Africain. Racisme.Data de registro: 12/03/2013Data de aceite: 01/12/2015Referências:APPIAH, Kwame Anthony. Na casa do meu pai: A à frica na filosofia da Cultura. São Paulo: Contraponto, 2010.CASANOVA, Marco Antonio. Compreender Heidegger. Rio de Janeiro: Vozes, 2009.DIOP, Cheikh-Anta. The African origin of civilization: myth or reality. Westport: Lawrence Hill, 1974.FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EDUFBA, 2008.FAYE, Emmanuel. Ser, história e extermínio na obra de Heidegger. Educação e Filosofia, Uberlândia, v. 26, n. 52, p. 613-640, jul./dez. 2012.FIGUEIREDO, Vinícius; KIFFER, Ana; PUJOL, Stéphane. Comment peut-on être philosophe...au Brésil? Rue Descartes, Paris, v. 4, n. 76, p. 1-6. 2012.GROSFOGUEL, Ramón. Dilemas dos estudos étnicos norte-americanos: multiculturalismo identitário, colonização disciplinar e epistemologias descoloniais. Ciência e Cultura, São Paulo, v. 59, n. 2, p. 32-35, June, 2007.HEGEL, Friedrich. The philosophy of history. Ontario: Kitchener, 2001.HOUTONDJI, Paul. Conhecimento de à frica, conhecimentos de africanos: duas perspectivas sobre os estudos africanos. In: SANTOS, Boaventura;MENESES, Maria Paula. Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010, p. 131-144.______. Sur la philosophy africaine: critique de l'ethnophilosophy. Mankon: Langaa RPCIG, 2013.HEIDEGGER, Martin. O que é isto: a filosofia? In: ______. Os pensadores: conferências e escritos filosóficos. São Paulo: Abril Cultural, 1979.HEIDEGGER, Martin. Lógica: a pergunta pela essência da linguagem. Tradução de Helga Hidock Quadrado e Maria Adelaide PACHECO. Lisboa: Calouste Gulbekian, 2008.______. Ser e tempo. Campinas: Unicamp; Petrópolis: Editora Vozes, 2012.MALDONADO-TORRES, Nelson. Topologia do ser e a geopolítica do conhecimento: modernidade, império e colonialidade. In: SANTOS, Boaventura de Sousa; MENEZES, Maria Paula. Epistemologia do Sul. Coimbra: Almedina, 2009, p. 337-382.OSONGO-LUKADI, Antoin. Heidegger et l'afrique: reception et paradoxe d'un dialogue monologique. Paris: L'Hartmann, 2006.OBENGA, Theophile. Egypt: ancient history of african philosophy. In: WIREDU, Kwasi. A companion to African philosophy. Massachustes: Blackwell Publish, 2004.OLIVEIRA, Eduardo David de. Filosofia da ancestralidade como filosofia africana: educação e cultura afro-brasileira. Revista Sul-Americana de Filosofia e Educação, Brasília, n. 18, p. 28-47, maio/out. 2012.REALE, Miguel. A filosofia como autoconsciência de um povo. Revista da Faculdade de Filosofia do Direito. São Paulo: Edusp, 1961, p. 104-125.SIKKA, Sônia. Heidegger anda Race. In: BERNASCONI, Robert. Race and racism in continental philosophy. Indiana: Indiana University Press, 2003.STEIN, Ernildo. Pensar e errar: um ajuste com Heidegger. Rio Grande do Sul: Unijuí, 2011.TOWA, Marcien. Essai sur le problematique philosophique dans l'Afrique actual. Yaoundé: Editions Clé, 2009.______. The idea of a negro-african philosophy. In: ______. Marcien Towa's african philosophy: Two Texts. Hdri Publishers, 2012.