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Modernidade e cidadania nas relações estado e sociedade
Registro en:
10.14393/REVEDFIL.v11n21/22a1997-890
Autor
Algarte, Roberto A.
Institución
Resumen
Resumo: À medida que as políticas públicas no Brasil são apresentadas pelo governo fica evidente o distanciamento que vai se consolidando entre sociedade e Estado. Se na retórica do discurso elas demonstram a coerência de propósitos justos, na prática cotidiana das decisões elas confirmam as desigualdades e o anacronismo dos problemas, sobretudo os relacionados à promoção humana.
Comprovam este distanciamento as condições brasileiras ligadas ao oferecimento de emprego; ao índice de concentração de renda; ao número de trabalhadores situados no setor informal da economia; ao número de analfabetos em idade escolar e ao aumento de casos de doenças provenientes da falta de saneamento e atendimento preventivo de saúde. Isso sem contar, obviamente, a orientação política para a área econômica que destina vultosas somas de recursos para o setor bancário; submissão do mercado nacional a um amplo processo de abertura sob o argumento da concorrência. Ocorre, contudo, que essa abertura concorrencial parece pender para o lado internacional, isso porque, em 1996, o Brasil teve o seu maior déficit na balança comercial. E, enquanto pequenas e micro empresas brasileiras são consumidas pela concorrência, as grandes multinacionais instalam-se aqui embaladas pelos incentivos fiscais cada vez mais generosos.
Palavras-chave: política; modernidade e cidadania; sociedade e estado.