info:eu-repo/semantics/article
A cidadania dos brasileiros sendo forjada nos bastidores: será este o real conteúdo que a escola quer ensinar?
Registro en:
10.14393/REVEDFIL.v13n25a1999-795
Autor
de Medeiros, Marilú Fontoura
Colla, Anamaria Lopes
Lima, Carmem Lúcia
de Oliveira, Leunice Martins
de Medeiros, Fernanda
de Oliveira, Lenôra
Institución
Resumen
A presente pesquisa contempla o olhar do adolescente e do professor acerca do cotidiano da escola, buscando captar seus bastidores, não somente o declarado, mas o feito ou o não-feito. Atráves da Análise de Discurso e do aporte da construção da subjetividade em Guattari, proura detectar o envolvimento de jovens e de professores do Rio Grande do Sul/Brasil, com a escola e com seu destino, trabalhando seus desejos, imagiários/expectativas e realidades/possibilidades. Os dados vêm evidenciando um voltar-se do adolescente para dimensões de humanidade e de "um fazer-se cidadão", um sujeito, uma subjetividade socioindividualmente construída, embora em manifestações de professores e alunos emerjam situações aparentemente contráditórias ou em oposição supostamente irredutíveis. Mesmo que a escola, como um todo não responda a expectativas dos adolescentes, embora possa fazê-los em fragmentos ou em pequenos nichos, há um clamor - de direito e de fato - em ser ouvido, na busca de uma real ação intersubjetiva entre os que militam nesse espaço sociopedagógico, de modo que tais agenciamentos permitam pensar a possibilidade de construção da autonomia e da subjetividade social em um sujeito engajado no seu espaço-tempo presente/futuro.
ABSTRACT:
The present research focuses on the adolescent and teachers' point of view on schools quotidian. Through the speech analysis and the Guattari's subjectivity construction, allows the detection of young people's and teacher's involvement with school and their destiny, working on their wishes, expectations, realities and possibilities. The available data are showing that adolescents and teachers are turning themselves to dimensions of humanity, a subjectivity socially and individually constructed, even with aparently contradictory situations. Although the school itself desconsiders these expectations, there is a wish to be listened and considered, in the search of a real action among those who work in this sociopedagogical space, permitting to think about the autonomy construction, the heterogenesis, the creation of new spaces and times, and the social subjectivity.