info:eu-repo/semantics/article
The guinea pig is now you! White cisgenderness, as a concept and category of analysis,in studies produced by transvestites and transsexual women
A cobaia agora é você! Cisgeneridade branca, como conceito e categoria de análise, nos estudos produzidos por travestis e mulheres transexuais
Registro en:
10.14393/CEF-v36n1-2023-9
Autor
Oliveira, Megg Rayara Gomes de
Institución
Resumen
In this article I discuss silence as an ideological strategy to maintain the distribution of power as it currently stands. I focus my debate on formal education spaces, more specifically on higher education, and thus problematize how silence acts to establish the heterosexual cisgender white man as a norm of humanity and silence as a strategy to deny the full existence of transvestites and transgender women, black and white, in the academic space. As a theoretical contribution, I use the concept of intersectionality developed by Kimberlé Crenshaw (1989) and the concept of Epistemic Injustice (Miranda Fricker, 2007) and thus establish a dialogue with the field of social representations, with studies of ethnic-racial and gender relations, with transfeminist studies and, thus, question the extent to which stereotyped and reductionist views regarding transvestites and transsexual women, black and white, circulate in academic spaces and to what extent they reiterate the hierarchies related to the production of knowledge, producing silences and erasures, both as people and as producers of knowledge.
KEYWORDS: Silence. Transvestites. Cisgenderness. Knowledge. Whiteness. Neste artigo discuto o silêncio como estratégia ideológica para manter a distribuição do poder da maneira como se encontra atualmente. Concentro meu debate nos espaços de educação formal, mais especificamente no ensino superior e assim problematizar como o silêncio atua para estabelecer o homem branco cisgênero heterossexual como norma de humanidade e o silêncio como estratégia para negar a existência plena de travestis e mulheres transexuais, negras e brancas, no espaço acadêmico. Como aporte teórico utilizo o conceito de interseccionalidade desenvolvido por Kimberlé Crenshaw (1989) e o conceito de Injustiça Epistêmica (Miranda Fricker, 2007) e assim estabelecer um diálogo com o campo das representações sociais, com os estudos das relações étnico-raciais e de gênero, com os estudos transfeministas e, assim questionar em que medida visões estereotipadas e reducionistas a respeito de travestis e mulheres transexuais, negras e brancas, circulam nos espaços acadêmicos e em que medida reiteram as hierarquias relacionadas a produção do conhecimento, produzindo silêncios e apagamentos, tanto como pessoas, quanto como produtoras de conhecimento.
PALAVRAS-CHAVE: Silêncio. Travestis. Cisgeneridade. Conhecimento. Branquidade.