The public school is not identified as the place where one can effectively learn the English language, as research studies on students’ beliefs have shown (BARCELOS, 2006). Based on this perception, foreign language teaching and learning in this context is often superficial and focused on grammatical contents. More specifically, the teaching of listening and speaking is increasingly distant from the reality of students in the public school setting. In an attempt to contribute to changes in this scenario, the present research study aimed at investigating the impact of a pedagogical proposal based on videos for the teaching and learning of listening and speaking at the public school. The hypothesis of this project is that, with the exploration of videos, since they are already inserted in their personal context, students could be more interested in the content of the classes and, therefore, improve their English learning, mainly their oral practices. In addition, the research study aimed at analyzing students' perceptions regarding teaching and learning English in the public school, identifying the relevance of the oral skills for the students and then analysing the contributions of the use of videos from a perspective of language as social practice, for the development of this skill. For this, we based our work on researchers such as Paiva (2001), Goli, (2016), Talaván (2007) to discuss the use of digital technologies for English classes, Kalantzis and Cope (2012), Monte-Mór (2014), among others, to work with language in the perception of multiliteracies and as a social practice. The research study has a qualitative-interventionist character, since the researcher-teacher intervened in English classes with the purpose of proposing changes and improvement. In this context, the research study was developed in a regular school in the city of Uberlândia (MG), with 9th grade elementary school students. The participants were students from two different classrooms of the same level, teenagers between 13 and 16 years old. The instruments used in the data collection were a questionnaire applied to the learners, a didactic proposal based on videos, an interview and reflective journals written by the researcher-teacher. Data analysis pointed to several rooted perceptions that students have about learning English, such as the enhancement of the language course as the ideal place of learning in contrast to the public school. There was also motivation from students to engage in oral activities and using technologies, especially videos. The expressive involvement of students in oral video-based activities has demonstrated that it is possible to teach and learn oral English skills in the public school setting. However, the most significant impact of the study was on the language view as a social practice worked with the learners during the pedagogical proposal. They were able not only to develop oral and other language skills, but to develop critical thinking on social issues in activities content using language as a way of expressing themselves. Thus, rather than learning a language, students developed criticality and autonomy of learning.Dissertação (Mestrado)A escola pública não é identificada como o lugar em que efetivamente se aprende a língua inglesa, como mostram pesquisas que enfocam as crenças de aprendizes (BARCELOS, 2006). A partir dessa percepção, o ensino e aprendizagem de língua estrangeira nesse contexto é, frequentemente, superficial e focado em conteúdos gramaticais. Mais especificamente, o ensino da oralidade fica cada vez mais distante da realidade dos alunos da escola pública. Pensando em contribuir para a mudança desse cenário, a presente pesquisa teve como objetivo investigar o impacto de uma proposta pedagógica baseada em vídeos para o ensino e aprendizagem da oralidade em língua inglesa na escola pública. A hipótese deste estudo é que, com a exploração de vídeos, visto que estes já estão inseridos em seu contexto pessoal, os alunos poderiam se interessar mais pelo conteúdo das aulas e, dessa forma, aprimorar seu aprendizado da Língua Inglesa, principalmente quanto às práticas de oralidade. Ademais, a pesquisa visou analisar as percepções dos alunos em relação ao ensino e aprendizagem de inglês na escola pública, identificar a relevância da habilidade oral para os alunos e, então, analisar os impactos do uso dos vídeos, segundo uma perspectiva de língua como prática social, para o desenvolvimento dessa habilidade. Para isso, nos baseamos em pesquisadores como Paiva (2001), Goli, (2016), Talaván (2007) para discorrer sobre o uso de tecnologias digitais para as aulas de inglês, Kalantzis e Cope (2012), Monte-Mór (2014), dentre outros, para trabalhar a língua na percepção dos multiletramentos e como prática social. A pesquisa possui caráter qualitativo-intervencionista, uma vez que a pesquisadora-professora interviu nas aulas de inglês com intuito de propor mudanças e aprimoramento. Nesse contexto, a pesquisa foi desenvolvida em uma escola municipal de ensino regular na cidade de Uberlândia (MG), com alunos do 9º ano do ensino fundamental. Os participantes da pesquisa foram alunos de duas salas distintas do mesmo ano, adolescentes com faixa etária entre 13 e 16 anos. Os instrumentos utilizados na coleta de dados foram um questionário destinado aos aprendizes, uma proposta didática baseada em vídeos, uma entrevista semi-estruturada e os diários reflexivos escritos pela professora-pesquisadora. A análise dos dados apontou diversas percepções enraizadas que os alunos possuem sobre a aprendizagem de inglês, como o enaltecimento do curso de idiomas como o lugar ideal de aprendizagem em contraste com a escola pública. Constatou-se também motivação por parte dos alunos em engajar-se nas atividades orais e utilizando as tecnologias, especialmente os vídeos. O envolvimento expressivo dos alunos nas atividades orais baseadas em vídeos nos fez perceber que há possibilidade de ensino e aprendizagem da habilidade oral em inglês na escola pública. Contudo, o impacto mais expressivo do estudo foi em relação à visão de língua como prática social trabalhada com os aprendizes durante a proposta pedagógica. Eles puderam não somente desenvolver a habilidade oral e demais habilidades da língua, mas desenvolver o pensamento crítico frente a questões sociais abordadas nas atividades, utilizando a língua inglesa como um meio para se expressarem. Sendo assim, mais que aprender uma língua estrangeira, os alunos desenvolveram a criticidade e a autonomia na aprendizagem.