The literature shows the need to intensify investigations of anomie in the organizational context in order to create more stable environments in which norms and values work and guide the behavior of employees, in addition to benefits for organizations. In this approach, the present study aimed to test a model in which organizational anomie is explained by the perception of organizational values and organizational culture (dimension of organizational practices) in a sample of workers linked to public health organizations (Primary Health Care) of four municipalities in the Triângulo Mineiro region. The sample consisted of 208 workers from Family Health Strategy (FHS) units, with temporary and effective work links. After the workers' consent to participate in the research, data collection was performed with reliable and valid instruments, which were analyzed using descriptive statistics and multiple hierarchical regression (enter method), with organizational anomie as the criterion variable. Among the results, it was found that the average of the responses of the servers in the Organizational Anomy Scale (EAO) remained close to the midpoint of the scale. The value most perceived by workers was compliance, although it was not related to organizational anomie. The model test showed that organizational values explained 34% of the criterion variable variance, and organizational practices explained only 0.6% of the criterion variable variance. The conclusions indicate that the proposed model has not been confirmed, revealing that the organizational values proved to be a better predictor of organizational anomie than the organizational practices. Research that verifies organizational justice and values as a predictor of organizational anomie is recommended, as well as investigating the influence of organizational anomie on organizational moral values and virtues.Pesquisa sem auxílio de agências de fomentoDissertação (Mestrado)A literatura mostra a necessidade de intensificar as investigações de anomia no contexto organizacional com a finalidade de criar ambientes mais estáveis em que normas e valores funcionem e orientem o comportamento dos empregados, além de benefícios às organizações. Neste enfoque, o presente estudo teve por objetivo principal testar um modelo no qual anomia organizacional é explicada pela percepção dos valores organizacionais e da cultura organizacional (dimensão práticas organizacionais) em uma amostra de trabalhadores vinculados a organizações públicas de saúde (Atenção Primária à Saúde) de quatro municípios da região do Triângulo Mineiro. A amostra constituiu-se de 208 trabalhadores de unidades de Estratégia Saúde da Família (ESF), com vínculos de trabalho temporário e efetivo. Após o consentimento dos trabalhadores em participar da pesquisa, realizou-se a coleta de dados com instrumentos fidedignos e válidos, que foram analisados por meio de estatísticas descritivas e regressão múltipla hierárquica (método enter), tendo anomia organizacional como variável critério. Dentre os resultados, verificou-se que a média das respostas dos servidores na Escala de Anomia Organizacional (EAO) se manteve próxima ao ponto médio da escala. O valor mais percebido pelos trabalhadores foi conformidade, embora ele não tenha apresentado relação com anomia organizacional. O teste do modelo mostrou que valores organizacionais explicaram 34% da variância da variável critério, e práticas organizacionais explicaram apenas 0,6% da variância da variável critério. As conclusões indicam que o modelo proposto não foi confirmado, revelando que os valores organizacionais se mostraram como melhor preditor de anomia organizacional que as práticas organizacionais. Recomenda-se a realização de pesquisas que verifiquem justiça e valores organizacionais como variáveis preditoras de anomia organizacional, bem como a investigação da influência da anomia organizacional sobre os valores e virtudes morais organizacionais.