Trabalho de Conclusão de Curso
A morte pela soberania: as violências e violações do Estado como legados da colonização
Death by sovereignty: the violence and violations of the State as legacies of colonization
Registro en:
SILVA, Bruna Karoline Pinto. A morte pela soberania: as violências e violações do Estado como legados da colonização. 2019. 24 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Relações Internacionais) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2019.
Autor
Silva, Bruna Karoline Pinto
Institución
Resumen
This article intends to bring a understanding about the State that was established near to what Hobbes has theorized, whose bases were exclusionary practices toward lives and identities in order to ensure the maintenance of its own sovereignty. Therefore, the concept of necropolitcs is mobilized to analyze these practices linked to the maintenance of sovereignty, whose core consists in the decision about the life and death of its citizens according to the interests and purposes of the State. At the basis of this study is the argument that an idea of national hegemony, as a homogeneous identity, is imposed, killing any chance of self-determination that could undermine sovereignty or highlight alternatives of social configurations. From the empirical point of view, this work argues that such logic of power is still applied contemporaneously in Rio de Janeiro with homogenizing and exclusionary policies conditioning the individuals living in favelas to a chaotic routine that violates bodies and lives and limits the educational development of children and adolescents that the State should protect and represent. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) O presente trabalho tem como objetivo trazer uma análise acerca do Estado que se consolidou próximo ao que era teorizado por Hobbes, tendo como base práticas de exclusão de vidas e identidades a fim de garantir a manutenção de sua própria soberania. Para isso, mobiliza-se o conceito da necropolítica para analisar essas práticas ligadas à manutenção da soberania estatal, cujo cerne consiste na decisão sobre a vida e a morte de seus cidadãos de acordo com os interesses e propósitos do Estado. Na base desse estudo, está o argumento de que uma ideia de hegemonia nacional, enquanto uma identidade homogênea, é imposta, dizimando qualquer chance de autodeterminação que possa causar um enfraquecimento da soberania ou legitimar e evidenciar configurações sociais alternativas. Do ponto de vista empírico, este trabalho argumenta que tal lógica de poder ainda é aplicada contemporaneamente na cidade do Rio de Janeiro com políticas homogeneizadoras e de exclusão condicionando os indivíduos da favela a uma rotina caótica que viola corpos e vidas e limita o desenvolvimento educacional de crianças e adolescentes que o Estado deveria proteger e representar.
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