Trabalho de Conclusão de Curso
Histórias de ambulantes e camelôs: experiências de trabalhar nas ruas e praças da cidade. Uberlândia-MG (1990-2007)
Registro en:
OLIVEIRA, Ayra Cristina Menezes de. Histórias de ambulantes e camelôs: experiências de trabalhar nas ruas e praças da cidade. Uberlândia-MG (1990-2007). 2008. 84 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em História) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2008.
Autor
Oliveira, Ayra Cristina Menezes de
Institución
Resumen
Palavras-chave criadas pelo pesquisador dos Projetos “(Per)cursos da graduação em História: entre a iniciação científica e a conclusão de curso.” (PROGRAD/DIREN/UFU 2017/2018) e “Entre a iniciação científica e a conclusão de curso: a produção monográfica dos Cursos de Graduação em História da UFU” (PIBIC EM CNPq/UFU 2017-2018). Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) Essa pesquisa teve como objetivo, analisar e refletir sobre a vida e o trabalho dos ambulantes e camelôs na cidade de Uberlândia. Procurei fazer a pesquisa pensando a respeito dos significados do trabalho para essas pessoas. Para isso utilizei como fonte principal, o depoimento oral desses trabalhadores, realizados através de entrevistas que foram feitas no ano de 2007. Partindo do pressuposto que são trabalhadores e tem viveres e experiências a serem compartilhadas que demonstram uma tensão vivida por eles na cidade. Tensão essa que tentei refletir durante a pesquisa como sendo um desdobramento das disputas pelo espaço público que ocorrem no interior da cidade, vivenciadas dia-a-dia por tais trabalhadores e o poder público municipal, num contexto de dominação e opressão. Refletindo sobre as modificações na vida e no trabalho dos trabalhadores camelôs e ambulantes que utilizavam para seus trabalhos as ruas e praças da cidade, e perderam o direito de utilizar esse espaço público para suas atividades de trabalho. Numa intervenção feita pela Prefeitura de Uberlândia normatizando os espaços da cidade, ou seja, proibindo o trabalho nesses espaços, e criando um lugar específico para eles, chamado camelódromo, no ano de 1995. Essa intervenção modificou diretamente a vida desses trabalhadores, pois retirou deles mais do que o local de trabalho, retirou também sua identificação com o trabalho e a cidade. E alguns desses trabalhadores unidos pelo sentimento de pertencimento, pelo qual os trabalhadores se sentem pertencentes às ruas e praças da cidade, resistem à opressão feita pela Prefeitura, e burlam a lei e continuam trabalhando no espaço público. Esse trabalho tem o objetivo também de retirar a ideia do não trabalho, como um pré-conceito a esses trabalhadores de uma sociedade burguesa a qual pertencemos. Estar trabalhando na rua representa uma escolha no campo de possibilidades que a sociedade disponibiliza a esses trabalhadores.