Desequilíbrios alimentares, como a hiperalimentação pós-natal, em períodos críticos de desenvolvimento tem-se associado a prejuízos metabólicos na vida adulta, entre eles, disfunções no metabolismo lipídico. Os ácidos graxos ômega-3, por sua vez, apresentam propriedade antiinflamatória e, portanto, espera-se que sejam capazes de atenuar os efeitos deletérios desse modelo. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a influência da suplementação materna com óleo de peixe no metabolismo lipídico em camundongos hiperalimentados no período pós-natal. Camundongos fêmeas foram suplementadas com óleo de peixe ou água desde o período de acasalamento até o desmame. Os grupos modelo H e HOP tiveram as ninhadas reduzidas para 3-4 filhotes. O peso corporal e o consumo alimentar foram aferidos semanalmente. Após 120 dias, os animais foram eutanasiados. O colesterol total, HDL-c e os triglicerídeos foram determinados através de kit comercial, e o LDL-c estimado através da fórmula de Friedewald (1972). O consumo alimentar não foi diferente entre os grupos experimentais. O peso dos animais do grupo HOP foi menor comparado com o grupo H após o desmame. Em relação aos triglicerídeos séricos, não houve diferença entre os grupos, enquanto o colesterol total e a fração LDL-c do grupo H apresentaram valores elevados em comparação com o grupo C. A suplementação materna com óleo de peixe foi capaz de atenuar as alterações de colesterol total e da fração LDL-c, bem como de aumentar a concentração sérica de HDL-c. Sendo assim, a suplementação materna de óleo de peixe foi eficaz em melhorar o perfil lipidêmico da prole hiperalimentada.NAO_INFORMADO