Em 2021, ano em que o Partido Comunista Chinês (PCC) comemora 100 anos, é relevante perpassar as mudanças ocorridas no meio rural que levaram ao desenvolvimento da agricultura no país, com projeções ambiciosas para os próximos anos. O início das reformas no campo ocorreu após sucessivos episódios de fome. A transição de uma sociedade agrícola para um país industrial ocasionou na redução nas áreas de terras direcionadas à agricultura. A conversão das terras aráveis para a industrialização e urbanização afetou a produção de alimentos e reforçou os problemas relacionados às condições produtivas da China, ampliando a necessidade de reformas. Abandonando uma política centralizada e partindo para uma orientação econômica mais voltada para o mercado, foi estabelecido o fim das comunas (propriedades rurais em poder do Estado), a diversificação da produção agrícola (que até então enfatizava a produção de grãos) e o estímulo à criação de empresas familiares especializadas, cooperativas e industriais de processamento, o que contribuiu para o aumento da eficiência no campo. Adicionalmente, a melhoria nas técnicas produtivas e de irrigação, a introdução de novas espécies produtivas e o desenvolvimento do modal rodoviário contribuíram de forma paralela ao desenvolvimento rural do país. Outras reformas, que incluem desde ajustamentos estruturais, até alterações da agroindústria e dos métodos de produção, reforçaram o apoio para o aumento da oferta agroalimentar no território asiático. Essas e outras propostas caracterizam a criação de um novo conceito de desenvolvimento, orientado pela inovação, sustentado pelos avanços tecnológicos e com vistas à promoção do desenvolvimento rural de alta qualidade. Esses componentes integram o grandioso plano de apoio à agricultura chinesa: o 14º Plano Quinquenal, que prioriza desenvolvimento do setor como questão fundamental para alcançar a construção de um país socialista moderno de maneira integral.29 p. : il.