Orientador: Profa. Dra. Eliane Cristina Gruszka VendruscoloMonografia (graduação) - Universidade Federal do Paraná, Setor Palotina, Curso de Graduação em Engenharia de Bioprocessos e BiotecnologiaInclui referênciasResumo : O uso de inoculantes produzidos a partir de bactérias promotoras de crescimento de plantas é uma técnica biotecnológica amplamente difundida na área agrícola. O desenvolvimento de novas formulações a partir de novos isolados é uma demanda da indústria de inoculantes. O objetivo deste trabalho foi caracterizar três isolados da coleção de bactérias endofíticas do Labiogen (UFPRPALT1-7, UFPRPALT 2-36 e UFPRPALT3-45), quanto suas capacidades bioquímicas. As cepas foram cultivadas em escala laboratorial para estudo da cinética de crescimento, e também foram realizados experimentos para aumento de escala em volume de 50mL, 500mL e 5000mL. Os isolados foram analisados quanto as melhores condições para crescimento usando diferentes pHs (4-9) do meio de cultivo, concentrações crescentes de glicose e salinidade (0-10%), temperatura de crescimento (25-37oC), capacidade de solubilização de fosfato e potássio, produção de oxidases, antagonismo fúngico e capacidade hemolítica. Também foi determinado as identidades das sequências e o posicionamento taxonômico dos 3 isolados com base no sequenciamento parcial do gene 16S rDNA. No escalonamento em laboratório foram avaliados 3 volumes de crescimento observando-se os valores de DO e UFC durante 12h de cultivo. Como resultados obtidos, foi observado que os isolados 7 e 45 foram solubilizadores de P enquanto o isolado 36 foi solubilizador de K. A salinidade foi o fator mais limitante para o crescimento dos isolados: o isolado 7 apresentou maior sensibilidade ao crescimento em condições salinas (<5%) e os demais em até 5% de NaCl. Nenhum dos isolados apresentou capacidade hemolítica ou produção de oxidases e apenas o isolado 36 apresentou capacidade antagônica. Os isolados 7/45 e 36 foram classificados taxonomicamente como pertencentes ao gênero Burkholderia sp. e à espécie Bacillus velezensis, respectivamente. Em relação ao escalonamento, os dados obtidos demonstram que o volume de meio de crescimento influenciou o crescimento bacteriano. Não houve proporcionalidade entre os valores de DO observados e o número de UFC, demonstrando que protocolos que se baseiam apenas na quantificação da DO podem trazer valores super ou subestimados de UFC dependendo do volume de cultivo utilizado.