dc.contributorDalsenter, Paulo Roberto, 1963-
dc.contributorUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Farmacologia
dc.creatorMuller, Juliane Centeno
dc.date2023-02-01T18:19:22Z
dc.date2023-02-01T18:19:22Z
dc.date2007
dc.date.accessioned2023-09-28T17:53:21Z
dc.date.available2023-09-28T17:53:21Z
dc.identifierhttps://hdl.handle.net/1884/81018
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/9027588
dc.descriptionOrientador : Paulo Roberto Dalsener
dc.descriptionDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia. Defesa: Curitiba, 2007
dc.descriptionInclui bibliografia
dc.descriptionDrogas obtidas a partir de plantas têm sido utilizadas desde a antiguidade para o tratamento de uma variedade de doenças. A Morinda citrifolia Linn (Noni) é uma tradicional planta medicinal que tem sido usada por mais de 2000 anos pelos povos polinésios e ainda hoje é utilizada na medicina tradicional e popular para diversas enfermidades e afecções como, por exemplo, alergia, artrite, asma, câncer, depressão, diabetes, hipertensão, entre outras. Estudos mostraram que a M. citrifolia possui atividade inibidora seletiva da COX-2 e atividade antiangiogênica. Estas atividades alertam para possíveis efeitos prejudiciais em várias etapas do processo reprodutivo. Em adição, a atividade antiangiogênica também sugere uma atividade antiestrogênica deste fruto. O objetivo deste estudo foi investigar se o extrato aquoso da M. citrifolia possui atividade (anti)estrogênica e avaliar os possíveis efeitos adversos sobre a prenhez e parturição das progenitoras assim como no desenvolvimento geral e sexual da progênie. O extrato da M. citrifolia foi dissolvido em água destilada como veículo (5 ml/kg) e utilizado nas doses: 7,5 mg/kg, 75 mg/kg e 750 mg/kg. A escolha das doses baseou-se na dose terapêutica para humanos que é de 7,143 mg/kg/dia. Para investigar possível atividade (anti)estrogênica do extrato em questão, ratas Wistar desmamadas, provenientes de mães não expostas, foram submetidas ao teste uterotrófico. Os dados deste teste mostraram atividade antiestrogênica in vivo do extrato investigado nas doses de 7,5 e 750 mg/kg. Para melhor avaliação do risco toxicológico, ratas Wistar prenhas foram tratadas diariamente por via oral em dois períodos críticos: pré-implantação (do 1º ao 7º dia de prenhez), ou período de pós-implantação e lactação (do 8º dia de prenhez ao 21º dia de lactação). Metade das descendentes fêmeas ainda foram expostas por via oral do 21º dia de lactação até o 42º dia pós-natal. Não houve aumento significativo das perdas embrionárias para as progenitoras expostas no período de préimplantação com nenhuma das doses investigadas, e não foram observados sinais de toxicidade materna neste período. Os resultados da exposição nos períodos in utero e lactação revelaram que a exposição do extrato da M. citrifolia na dose de 7,5 mg/kg provocou um aumento de 43% no índice de reabsorções, redução de 46% no índice de parturição e um aumento de 59% no índice de perdas pós-implantes. Para elucidar o mecanismo de ação do extrato relacionado com prejuízo na parturição, ratas Wistar prenhas foram submetidas ao tratamento via oral do extrato, do 8º ao 21º dia de prenhez quando foram sacrificadas e seus úteros retirados para a caracterização do efeito do extrato da M. citrifolia sobre a contratilidade uterina induzida pela ocitocina e pelo ácido araquidônico em útero gravídico isolado. Os resultados obtidos neste estudo revelaram que o tratamento com a dose de 7,5 mg/kg inibiu a contração uterina em aproximadamente 50% quando induzida pelo ácido araquidônico. Conclui-se que a exposição ao extrato seco do fruto da M. citrifolia pode provocar efeitos adversos na gestação de animais modelo em doses utilizadas para humanos, e sugere-se que a atividade antiestrogênica, antiangiogênica e atividade inibidora da COX-2 estejam relacionadas a estes efeitos.
dc.descriptionHerbal drugs have been used since ancient times as medicines for the tratment of a wide range of diseases. Morinda citrifolia Linn, "the noni", is a native plant from Polynesia and it has been used in traditional Polynesian medicine for over 2000 years. Previous studies reported that the M. citrifolia possess a selective inhibitory activity of COX-2 and is also antiangiogenic. These properties alert for possible harmful effect in some stages of the reproductive process. In addition, antiangiogenic activity suggests an antiestrogenic activity of this fruit. The aim of this study was to investigate if the aqueous extract of M. citrifolia L. possess (anti)estrogenic activity and evaluate the adverse effects on pregnancy, delivery and lactation of dams and on postnatal general and sexual development of offspring. Immature female rats were submitted to uterotrophic assay, and the results indicate presence of in vivo antiestrogenic activity of extract at the doses of 7.5 and 750 mg/kg. It was also performed the in utero and lactation and postnatal exposure tests for better evaluation of the toxicological risk. Pregnant Wistar rats were treated daily (5 mL/kg, p.o.) of different doses (7.5, 75 and 750 mg/kg/day) of extract in two critical periods: preimplantation (from days 1 to 7 of pregnancy) or postimplantation and lactation periods (from days 8 of pregnancy to 21 of lactation). Some offspring also were exposed directly after weaning, until puberty. For control group was administered distilled water as vehicle. There was no significant increase in the embrionic losses in the preimplantation period in dams treated with any doses in our study. No signs of maternal toxicity were detected in any doses either. The results of the exposure in the postimplantation and lactation period showed that the treatment with M. citrifolia extract at the dose 7.5 mg/kg caused an increase of 43% in resorption index, reduction of 46% in parturition index and an increase of 59% in postimplant losses index. To elucidate the mechanism of action related with the injury in parturition, was investigated the effect on the contractility of isolated pregnant rat uterus that had been previously exposed to the M. citrifolia extract. The results showed that the treatment at the dose of 7.5 mg/kg inhibited the uterine contraction in 50% when induced for the arachidonic acid, but there was no difference when oxytocin was employed in this test. In conclusion the exposition to the aqueous extract of M. citrifolia can induce adverse effect in the pregnancy of animals model in doses used for humans, and suggests that an antiestrogenic, antiangiogenic and COX-2 inhibitory activities may be correlated to these effects.
dc.format88f. : il. algumas color., grafs., tabs.
dc.formatapplication/pdf
dc.formatapplication/pdf
dc.languagePortuguês
dc.relationDisponível em formato digital
dc.subjectTeses
dc.subjectPlantas medicinais
dc.subjectNeovascularização
dc.subjectFarmacologia
dc.titleToxicidade reprodutiva da Morinda citrifolia Linn
dc.typeDissertação


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