Artigo de Periódico
Mas afinal, o que é mesmo universal?: sobre o entre-lugar da literatura (da cultura) da Amazônia em tempos de culturas híbridas
Registro en:
1982-5374
10.18542/rmi.v8i11.3252
Autor
BAHIA, Emídio Júnior Santos
Institución
Resumen
The object of this work is discuss the universal / local dichotomy
in the literature (culture) of the Amazon, constitutive of a large miscegenation
process which gives life and form to the symbolic process, reaffirming the idea
that the Amazonian culture is a universal culture for being hybrid, even though
marginalized. The objective of this work is to analyze under the scope of Néstor
Canclini, Goethe, and Faustino among others, that the literature (culture)
of Amazon presents a systematics of cultural interchange. The methodology
chosen in order to comprehend is the descriptive-comparative method. The
results show us that the miscegenation resulting from the Amazonian social formation, which transits between a modern and a traditional culture, reflects
on the symbolic production of the region; and that the productions that propose
a cultural interchange can be considered, according to Goethe: Universal.
And much of what is considered universal, is not more than imitation of other
symbolic processes, overcoming or diluting them. O objeto desse trabalho é discutir a dicotomia universal/local na
literatura (na cultura) da Amazônia, constitutiva de um processo amplo de
miscigenação que dá forma e vida aos processos simbólicos, ratificando a ideia
de que a cultura amazônica é uma cultura universal por ser híbrida, mesmo
sendo marginalizada. O objetivo desse trabalho é analisar sob a ótica de
Néstor Canclini, Goethe, Faustino dentre outros, que a literatura (cultura) da
Amazônia apresenta uma sistemática de intercâmbio cultural. A metodologia
utilizada para a compreensão é o método comparativo-descritivo. Os resultados
mostram-nos que a miscigenação resultante da formação social amazônica, que
transita entre uma cultura moderna e uma tradicional, reflete-se na produção
simbólica da região, que as produções que propõem um intercâmbio cultural
podem ser consideradas, segundo a ótica de Goethe, universais, mas que
muito do considerado universal não mais é do que imitação de outros processos
simbólicos, superando-os ou diluindo-os.
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